Rejeitado por mais de 50%, Bolsonaro é o primeiro presidente a perder no primeiro turno

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Rejeitado por mais de 50%, Bolsonaro é o primeiro presidente a perder no primeiro turno
Montagem da RBA

O resultado das urnas no da 02 de outubro revelou um fato inédito na história das eleições presidenciais no Brasil: o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), é o primeiro mandatário do país desde que a emenda da reeleição foi aprovada, em fevereiro de 1997, a ficar em segundo lugar no primeiro turno das eleições, atrás do ex-presidente Lula (PT). Desde 1998, os resultados mostram vitória do ocupante da cadeira presidencial, inclusive sem necessidade de segunda rodada. Além disso, nos casos em que houve segundo turno a vitória sempre foi daquele que ficou à frente no primeiro.

O motivo não é a inabilidade de Bolsonaro em fazer campanha eleitoral. Pelo contrário. O atual presidente faz campanha desde o dia em que tomou posse, em 2019. De Fernando Collor até hoje, Bolsonaro foi o presidente que mais utilizou a máquina pública (as despesas excessivas do cartão corporativo é um exemplo) e mesmo assim conseguiu empurrar a disputa para o segundo turno, que será dia 30 de outubro, mas em segundo lugar.

Além da disseminação de mentiras, até mesmo durante os debates na televisão, e fake news, com ajuda dos grupos bolsonaristas nas redes sociais, às vésperas do primeiro turno o atual presidente realizou dezenas de manifestações públicas e motociatas pagas com dinheiro público. Restando poucas semanas para o dia da votação, tentou compensar o abandono dos pobres durante os quatro anos do seu governo, com um auxílio financeiro para famílias pobres, caminhoneiros e taxistas, aprovado a toque de caixa pelo Congresso Nacional, ainda que a legislação eleitoral proíba esse tipo de prática eleitoreira em ano de eleições.

Apesar de todas as tentativas, Bolsonaro não foi capaz de reduzir a alta rejeição de 52%, apontada pela maioria das pesquisas. Perdeu o primeiro turno das eleições para Lula por uma diferença de quase 6 milhões de votos. Desesperado, já avisou que vai pagar a próxima parcela do Auxílio Brasil cinco dias antes da votação e anunciou um salário extra para as mulheres chefes de família.

O que Bolsonaro não percebe e não consegue resolver é o grito as urnas, onde a maioria do povo brasileiro demonstrou que quer reviver a época em que tinha empregos e salários decentes, comida no prato, inflação baixa e uma vida mais digna, enquanto os setores produtivos avançavam sob o amparo de uma economia forte e estabilizada.

Fonte: Pactu

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