Governo deve reunir trabalhadores e direção da Lojas Americanas. Centrais protestam no Rio
PACTU
Para sindicalistas, que se reuniram com o ministro Luiz Marinho, é preciso preservar os empregos enquanto se apuram responsabilidades
O governo federal tentará intermediar reunião entre representantes dos trabalhadores e da Lojas Americanas. O objetivo é discutir a situação dos empregados diante do pedido de recuperação judicial feito pela empresa varejista. “É preciso muita sensibilidade. O problema dos bancos não pode ser maior do que os relacionados ao tema trabalho e emprego”, afirmou o ministro Luiz Marinho, que participou na manhã desta segunda-feira (30) de reunião, em São Paulo, com representantes de centrais e sindicatos de comerciários.
Assim, depois do encontro, realizado na sede da Força Sindical, as centrais divulgaram nota afirmando que os postos de trabalho têm de ser preservados independentemente das responsabilidades pela crise, que ainda serão apuradas. Na próxima sexta-feira (3), às 10h, as entidades farão ato de protesto na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.
Para o diretor da Força Nilton Souza da Silva, o Neco, a reunião é importante para saber “o real tamanho” da reestruturação da Lojas Americanas. “A nossa luta é a manutenção dos postos de trabalho, é evitar que a empresa quebre”, afirmou. Segundo ele, “há indícios de que houve fraude”. A companhia tem 44 mil trabalhadores diretos, mas um número ainda maior na rede de fornecedores.
Por isso, as centrais afirmam na nota que solicitaram participação do governo no processo “com o objetivo de estabelecer diálogo tripartite e total transparência neste que é um dos maiores processos de recuperação empresarial do país”. O ministro Marinho afirmou ainda que é fundamental encontrar um caminho para garantir a manutenção da atividade econômica, independentemente de quem seja o controlador. “Aparentemente, não é um problema sistêmico”, comentou.
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