Contraf entrega pauta específica ao Santander e cobra fim das demissões

Contraf entrega pauta específica ao Santander e cobra fim das demissões
A Contraf-CUT, sindicatos e federações entregaram na manhã desta quarta-feira (26) a pauta específica de reivindicações dos funcionários ao novo superintendente de relações sindicais do Santander, Luiz Cláudio Xavier. A entrega ocorreu durante reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco espanhol, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo. As demandas serão discutidas na reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), que ocorre na próxima quinta (4), às 14h, na capital paulista.

Clique aqui para ver a íntegra da pauta específica.

A minuta contém as demandas aprovadas no Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, realizado pela Contraf-CUT nos dias 4 e 5 de junho, com a participação de mais de 130 dirigentes sindicais de todo país. "Constam propostas de emprego, condições de trabalho, remuneração, saúde e previdência complementar, além das pendências de reuniões anteriores do CRT", destaca Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

"Queremos sobretudo o fim das demissões, mais contratações e melhores condições de trabalho, bem como a retirada das ações judiciais movidas pelo banco contra a Contraf-CUT, sindicatos, federações e Afubesp", enfatiza Ademir.

Novo negociador

A entrega da pauta representou o primeiro contato com o novo negociador do Santander. Xavier é carioca de Volta Redonda, foi consultor de RH com foco em relações sindicais e estava atuando no setor elétrico (AES Sul e Eletropaulo). "Acredito no diálogo e na mesa de negociação", disse. 

"Meu papel é encontrar soluções para as divergências. O movimento sindical é o legítimo representante do trabalhador", afirmou. "Quero dar respostas mais rápidas", prometeu.

Ele ouviu relatos dos dirigentes sindicais que apontaram um verdadeiro caos na rede de agências, com problemas como demissões, rotatividade, corte de empregos, falta de funcionários, sobrecarga de serviços, distorções salariais, metas abusivas, assédio moral, adoecimento, não emissão da CAT, recusa de atestados médicos e insegurança, dentre outros.

"Apesar de não apontar ações concretas, foi o início de um diálogo importante, sobretudo pela disposição que o novo superintendente teve de ouvir e tentar compreender as demandas, pois está insustentável a situação nas agências, com falta de funcionários, metas abusivas e até bancários trabalhando mesmo com atestado médico, o que comprova o modelo de gestão pelo medo", apontou Maria Rosani, coordenadora da COE do Santander e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Muitos recados

"O primeiro recado é que o novo presidente do banco espanhol respeite a cultura brasileira. Estamos numa situação crítica e não queremos o modelo mexicano, mas um modelo que atenda os brasileiros. Queremos crescer com a empresa e sermos respeitados", disse Rita Berlofa, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

"O primeiro passo deveria ser a retirada das ações judiciais contra as entidades sindicais", defendeu o diretor da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Paulo Garcez. "
Fonte: Contraf/CUT

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