CUT e movimentos realizam ações em defesa da democracia, nos dias 1º e 2 de abril
PACTU
Nesta segunda-feira (1º/4), completam-se 60 anos do golpe de Estado que lançou o Brasil em mais de duas décadas de obscurantismo. Para relembrar o período, que foi marcado pelo total desrespeito aos direitos e às garantias fundamentais, a CUT-DF e diversas organizações da sociedade civil realizam atividades na próxima semana.
Intitulada “60 anos de 64, ditadura nunca mais!”, a ação terá início no dia 1º de abril, com ato na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, a partir das 16h30. Em seguida, às 19h, acontecerá debate sobre o tema, na sede da Central, também no Conic.
“A ideia é relembrarmos esse período lamentável da história do Brasil, para que nunca mais se repita algo assim, sobretudo depois das recentes tentativas de golpear a democracia, que assistimos com pesar”, destacou o secretário de Direitos Humanos e Políticas Sociais da CUT-DF, Cleber Soares.
As ações continuam na terça (2/4), com sessão solene em celebração à democracia, no Senado Federal. O debate é proposto pelo mandato do senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP), e acontecerá no Espaço Ivandro Cunha Lima, a partir das 10h.
À noite, às 19h, o Santuário Dom Bosco, na Quadra 702 Sul, celebrará missa em memória aos desaparecidos políticos durante a ditadura.
O golpe de 64
No dia 1º de abril de 1964, o processo democrático brasileiro foi interrompido pelo golpe civil-militar. O então presidente, eleito democraticamente, João Goulart, foi deposto por militares, que assumiram o governo. Tinha início o período conhecido como ditadura militar.
Considerada uma grande tragédia política brasileira, o golpe foi marcado pelo autoritarismo, pela violência, opressão e perseguição aos opositores ao regime, além do desrespeito total aos direitos humanos, trabalhistas e sociais.
Em pouco mais de duas décadas, milhares de pessoas foram presas arbitrariamente e torturadas ─ número que ainda não foi totalmente apurado. Outras centenas foram mortas pelos órgãos de repressão, e muitas delas seguem desaparecidas. Ainda hoje, familiares lutam pela busca e identificação das vítimas da ditadura.
Mas o período foi marcado também pela luta e resistência de movimentos pela redemocratização do país. Incansavelmente, lideranças populares, sindicais estudantis, partidárias e outras não mediram esforços para restabelecer a democracia, e seguem lutando contra qualquer tentativa de ruptura democrática.
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