Grandes bancos propõe taxar cooperativas de crédito

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Grandes bancos propõe taxar cooperativas de crédito
Bancos entregam ao governo 'radiografia' do setor (Foto: Pixabay)
A proposta impactaria em um aumento de R$ 10 bilhões por ano nas receitas públicas

Os principais bancos do Brasil identificaram uma estratégia para lidar com o que consideram uma competição desigual por parte das cooperativas de crédito, ao mesmo tempo em que propõem uma forma de aumentar as receitas públicas em R$ 10 bilhões por ano — uma quantia que atrai a atenção de Fernando Haddad.

Durante reuniões no Ministério da Fazenda, os representantes dos bancos tradicionais expuseram os detalhes da competição desigual.

A desproporcionalidade encontra-se especialmente com relação às cooperativas de crédito, apresentando números e sugerindo que as duas maiores do setor, Sicredi e Sicoob, comecem a pagar impostos, pois funcionariam de maneira semelhante aos bancos.

Atualmente, as cooperativas desfrutam de isenção de imposto de renda e PIS/Cofins, ao contrário dos bancos, que pagam respectivamente 45% e 4,68%, além de 2% a 5% de ISS.

A Febraban realizou uma análise detalhada do setor de cooperativas e entregou os resultados ao governo durante as discussões.

Bancos concentram captação de fundos de crédito e incentivadas

Em um trimestre marcado por recordes na captação e rendimentos de fundos de crédito privado e debêntures incentivadas, das dez maiores captações em fundos de incentivadas, cinco são assets dos bancos Itaú, Kinea, BradescoSafra e BTG Pactual. O levantamento é da Comdinheiro a pedido do Valor Econômico

Em crédito privado comum, oito foram para esse mesmo tipo de gestora (Itaú, Bradesco, BTG, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Safra, Kinea e Santander).

A leitura feita por gestores é de que o dinheiro em LCIs e LCAs que venceram foi transferido para produtos dos próprios bancos.

O CMN (Conselho Monetário Nacional) alongou o vencimento desses papéis, o que reduziu a atratividade, sobretudo para o varejo.

No caso da LCI, o prazo mínimo deixou de ser 90 dias e passou a ser de 12 meses, enquanto, da LCA, foi para 9 meses.

Em fevereiro e março, meses que sucederam a alteração, as primeiras quedas foram registradas desde o primeiro semestre de 2021. O de LCAs foi de R$ 478,1 bilhões em janeiro para R$ 474,5 bilhões em março, e o das LCIs, de R$ 372,9 bilhões para R$ 362,8 bilhões.

Fonte: bpmoney

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