Fetec encampa luta contra privatização das escolas públicas do Paraná
PACTU
Representantes da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) participaram na manhã desta segunda-feira (03), no Centro de Curitiba, de um ato organizado pelo Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola do Paraná (APP-Sindicato) contra o Projeto de Lei (PL) 345/2024, que visa entregar 200 escolas do Estado para a iniciativa privada. O evento contou com a presença de milhares de pessoas.
A iniciativa absurda, proposta pelo governador Ratinho Junior, prevê, na prática, a privatização do ensino público no Paraná. O PL funcionaria da seguinte maneira: o governo estadual faria o repasse do dinheiro público para as instituições de ensino. Isto é, essas entidades fariam algo inerente ao Estado e ainda seriam pagos por isso.
O que esta medida esconde, porém, é que as instituições de ensino não teriam custos para assumir esta função e também que isso vai gerar uma onda de terceirizações na contratação de novos profissionais sem concurso público, o que iria prejudicar, de sobremaneira, os atuais trabalhadores, que são concursados e que possuem acesso à formação continuada, estabilidade no emprego e horas-atividade remuneradas para preparação de aulas e correção de provas, por exemplo.
É mais um duro golpe do atual governador contra a sociedade paranaense. Um exemplo disso está na privatização da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) que, de excelência no atendimento ao consumidor, passou a ofertar um serviço que vem causando muita reclamação na população.
O presidente da Fetec, Deonisio Schmidt, esteve no ato e garante que a categoria bancária apoia a greve dos educadores. “Acreditamos que a greve dos professores e funcionários é justa, pois eles estão lutando para impedir mais um ataque do governador Ratinho contra os paranaenses. Na propaganda, o governador gosta de mostrar que temos o melhor ensino do Brasil. Se é isso mesmo, então qual o motivo de privatiza-lo? Querem impedir que a população carente tenha acesso ao ensino? Nós, bancários e bancárias, não iremos aceitar isso e estamos juntos nesta luta”, salienta.
Texto: Flávio Augusto Laginski
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