Anapar presente nos congressos nacionais dos trabalhadores do BB e da Caixa
PACTU
“Juntos avançamos nas conquistas”. Com este lema, foram declarados abertos o 39º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), o 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, o 3º Congresso Nacional dos Funcionários do BNDES, o 16º Congresso dos Funcionários do Banco da Amazônia e o 29º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil, na noite desta terça-feira (4), em São Paulo.
“Não estamos aqui somente discutindo uma campanha salarial, uma campanha nacional, mas também discutindo o papel e a importância dos bancos públicos, discutindo ferramentas que podem mudar a vida das pessoas para melhor”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.
Participação de trabalhadores é fundamental – Durante a mesa “Previdência”, do 34º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizada hoje, 05/06, pela manhã, Marcel Barros, presidente da ANAPAR destacou a importância dos trabalhadores se apropriarem de seus direitos e recursos, especialmente no contexto dos fundos de pensão. “É importante que haja uma maior conscientização e participação dos funcionários na gestão desses fundos, para que possam entender do assunto e reivindicar o que lhes pertence.”
“Antes de falar de legislação, nós trabalhadores temos que nos apropriar do que é nosso. E quando falamos dos valores que temos em fundos de pensão, o que significa isso mesmo? A gente está brigando nas empresas para gente ter participação, a gente pega nosso dinheiro e investe numa empresa, aí se der certo ele quer a participação no fundo. Mas se der errado, eles dizem que o problema é nosso.”
O presidente da ANAPAR também ressaltou a questão da propriedade dos fundos de pensão, afirmando que os verdadeiros donos são os trabalhadores. “Nós, enquanto trabalhadores, somos os legítimos donos da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, da Previ, e essa é uma discussão importante. Quando falam ‘O poderoso fundo de pensão do Banco do Brasil’ – não é do Banco do Brasil, ele é nosso!”
A solvência da Previ foi outro ponto abordado por Barros. Ele chamou a atenção para a necessidade de discutir a legislação vigente, especialmente o PLP 268/2016, que determina a contratação de pessoas de mercado para gerir os fundos de pensão, “como se nós, trabalhadores bancários que somos, não estivéssemos no mercado”. Segundo Barros, essa medida representa um risco para os trabalhadores.
Marcel também celebrou vitórias. “Por exemplo, a Lei 14.803 fruto do PL 5503 em que nós atuamos diretamente. Conseguimos fazer com que possamos definir o regime de tributação no momento em que entramos no benefício. Essa foi uma grande vitória.”
Fortalecimento da ANAPAR – Marcel fez um convite aos presentes para conhecerem e se filiarem à ANAPAR, destacando a importância da participação coletiva na luta pelos direitos previdenciários. “A ANAPAR foi muito discutida no âmbito dos nossos congressos, mas sei que muitos de vocês não são filiados, não conhecem. Gostaria de convidá-los a entrar no site e conhecerem, associarem-se à ANAPAR. A gente precisa de vocês conosco para que seja possível fortalecer os conhecimentos sobre investimento, legislação. A ANAPAR sozinha não faz nada. Precisamos trazer a discussão da educação financeira e previdenciária. Participem dos debates e vamos nos apropriar do nosso patrimônio.”
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