Reforma da Previdência: apenas habitantes do Sul e Sudeste viverão mais de 10 anos como aposentados
Campo Mourão/PR
A proposta do governo ignora que a expectativa de vida de 75,1 anos não é uma realidade em todas as regiões.
A reforma da Previdência enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional tem como ponto central, entre outros aspectos, a idade mínima de 65 anos para concessão do benefício aos trabalhadores urbanos e rurais, desde que completem ao menos 25 anos de contribuição. A regra valerá para todos, diferente da condição atual que prevê 55 anos para mulheres e 60 para homens.
O governo considera a expectativa de vida média da população brasileira, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 75,1 anos. Especialistas apontam o processo de envelhecimento acelerado no Brasil, com estimativa de que pessoas com mais de 60 anos correspondam a 33% da população em 2060, ante os atuais 11,7%. A realidade, porém, não é a mesma em todas as regiões. Quanto mais carente o lugar, pior a situação.
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida de um brasileiro nascido em Santa Catariana é de 78,4 anos, a maior entre as unidades da federação. Aposentando-se aos 65 anos, o catarinense receberá o benefício por pouco mais que 13 anos. Para o cidadão do Maranhão, a vida vai até os 70 anos, o que significa cinco anos para desfrutar da aposentadoria. Para ambos, serão necessários 45 anos de contribuição, se o primeiro emprego vier aos 20 anos de idade, por exemplo. Vale lembrar que a reforma proposta acabará com a aposentadoria por tempo de contribuição, hoje em 35 anos para homens e 30 anos, para mulheres.
Como mostra o estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Subseção Apcef/SP, com a definição da idade mínima de 65 anos, somente os habitantes das regiões Sul e Sudeste poderão desfrutar da aposentadoria por dez anos ou mais. Em média, no Sul se vive até os 77,2 anos e no Sudeste, até os 76,9. Nas demais regiões, a expectativa de vida além dos 65 é inferior a uma década, sendo 9,7 anos para o Centro-Oeste, 7,5 para o Nordeste e 6,8 para o Norte.
Fonte: Fenae
A reforma da Previdência enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional tem como ponto central, entre outros aspectos, a idade mínima de 65 anos para concessão do benefício aos trabalhadores urbanos e rurais, desde que completem ao menos 25 anos de contribuição. A regra valerá para todos, diferente da condição atual que prevê 55 anos para mulheres e 60 para homens.
O governo considera a expectativa de vida média da população brasileira, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 75,1 anos. Especialistas apontam o processo de envelhecimento acelerado no Brasil, com estimativa de que pessoas com mais de 60 anos correspondam a 33% da população em 2060, ante os atuais 11,7%. A realidade, porém, não é a mesma em todas as regiões. Quanto mais carente o lugar, pior a situação.
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida de um brasileiro nascido em Santa Catariana é de 78,4 anos, a maior entre as unidades da federação. Aposentando-se aos 65 anos, o catarinense receberá o benefício por pouco mais que 13 anos. Para o cidadão do Maranhão, a vida vai até os 70 anos, o que significa cinco anos para desfrutar da aposentadoria. Para ambos, serão necessários 45 anos de contribuição, se o primeiro emprego vier aos 20 anos de idade, por exemplo. Vale lembrar que a reforma proposta acabará com a aposentadoria por tempo de contribuição, hoje em 35 anos para homens e 30 anos, para mulheres.
Como mostra o estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Subseção Apcef/SP, com a definição da idade mínima de 65 anos, somente os habitantes das regiões Sul e Sudeste poderão desfrutar da aposentadoria por dez anos ou mais. Em média, no Sul se vive até os 77,2 anos e no Sudeste, até os 76,9. Nas demais regiões, a expectativa de vida além dos 65 é inferior a uma década, sendo 9,7 anos para o Centro-Oeste, 7,5 para o Nordeste e 6,8 para o Norte.
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