Deu no mundo inteiro: uma greve gigantesca varreu o Brasil
Umuarama/PR
A mídia mundial reconheceu: uma greve enorme sacudiu o Brasil de norte a sul, de leste a oeste. Claro que com variações: o conservador Frankfurter Allgemeiner, aqui da Alemanha, noticiou que houve enormes manifestações que degeneraram em violência, como se a polícia nada tivesse a ver com isto.
O Le Monde – aquele jornal de Paris que começou abençoando a campanha do impeachment contra Dilma e depois pediu desculpas a seus leitores – disse que a greve foi enorme, mas ficou aquém do esperado. Mas uma coisa é certa: fosse qual fosse o ponto de vista, a repercussão mundial foi enorme, do tamanho da greve que, sim, provavelmente foi a maior e geograficamente a mais extensa do país.
As estimativas são eloquentes: de 35 milhões a 40 milhões de grevistas, numa população de 205 milhões, dos quais pelo menos 65% têm menos de 40 anos. Ou seja, nasceram de 1977 para cá. Em 1988, quando a nossa Constituição foi votada, esta que a direita nunca engoliu e chamou pejorativamente de “cidadã”, como se isto fosse insulto, tinham no máximo 11 anos de idade. É uma geração que nunca tinha perdido direitos, só ganhado. Agora estão perdendo, pela primeira vez, e em grande escala. E com uma rapidez só igual àquela do gambá que entra no galinheiro.
A reação da Globo, de Temer, Serraglio, Doria e seus asseclas foi a previsível: fingir que não viram. Como dois daqueles macaquinhos de efígie, taparam os olhos para não ver e os ouvidos para não ouvir. Só não taparam a boca, como faz o terceiro, e não pararam de dizer besteiras. A mídia que se acha plenipotenciária no país não percebe que o mundo inteiro a vê.
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