Confirmado! Avaliadores de penhor da Caixa trabalham em ambiente insalubre
PACTU
Entre outros pontos, pesquisa realizada pelos Sindicatos, com assessoria do Instituto Síntese, apontou transtornos por exposição aos produtos químicos; apesar da intenção da Caixa em acabar com pagamento do adicional por insalubridade, resistência dos empregados e negociação tem garantido manutenção.
Está confirmado! Os avaliadores de penhor da Caixa trabalham em ambiente insalubre e, portanto, devem continuar recebendo adicional pela atividade. Na quarta-feira 4, o assunto foi tema de reunião realizada na sede da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que contou com a participação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), da Associação Nacional dos Avaliadores de Penhor (Anacef), e do representante do Instituto Síntese, Paulo Roberto Kauffmann, que assessorou os sindicatos na realização de uma pesquisa que comprovou a insalubridade da atividade.
A pesquisa, feita a partir de questionários respondidos por empregados do banco em todo o país, além de documentos e fotos, apontou, entre outros pontos, transtornos por exposição aos produtos químicos e tempo de trabalho dos avaliadores. O relatório alerta que a prática do dia-a-dia operando caixa, atendendo clientes e realizando outras tarefas, limitam ou impedem o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) pelos avaliadores, que também é ineficaz para proteger contra substâncias ácidas. Traz ainda relatos sobre os equipamentos coletivos e outras evidências que demonstram a persistência de ambientes nocivos e insalubres.
Em julho do ano passado, a Caixa decidiu acabar em definitivo com o pagamento do adicional aos avaliadores, alegando que laudos técnicos feitos por empresas contratadas pelo banco atestavam que os locais de trabalho não são mais insalubres. Entretanto, a resistência dos empregados, ao lado dos sindicatos e demais entidades representativas, tem assegurado a manutenção do adicional.
“Conseguimos, através da mobilização dos empregados e negociações com o banco, o adiamento do encerramento do adicional. Não podemos admitir que o banco retire este direito dos avaliadores com base em laudos sem transparência, tecnicistas, sem qualquer relação com o que os avaliadores sentem na sua rotina de trabalho”, enfatiza o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
“A luta contra o fim do adicional de insalubridade pago aos avaliadores é uma pauta recorrente do Sindicato. Já promovemos diversos atos e atividades denunciando a intenção nefasta da direção Caixa de cortar custos com o fim do adicional. Agora, com a conclusão da pesquisa feita pelo Sindicato e APCEF , temos ainda mais embasamento para seguir defendendo a sua continuidade”, acrescenta Claudia Fumiko, dirigente sindical e avaliadora de penhor na Caixa.
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