Lula dispara e lidera com 39% no Datafolha, contra 19% de Bolsonaro
Umuarama/PR
Ex-presidente sobe oito pontos em relação a abril. Marina (8%), Alckmin (6%) e Ciro (5%) vêm em seguida. Potencial de transferência de votos para Haddad, caso seja impedido, vai de 31% a 49%.
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 39% das intenções de voto para Presidência da República, segundo pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira (22). Lula cresceu oito pontos em relação ao levantamento feito em abril. Ele ratifica o favoritismo apontado na segunda (20) por pesquisas CNT/MDA e Ibope e supera em mais que o dobro o segundo colocado, Jair Bolsonaro (PSL), que tem agora 19% (15% em abril).
Aparecem embolados no terceiro posto Marina Silva (Rede), com 8%, Geraldo Alckmin (PSDB), 6%, e Ciro Gomes (PDT), com 5%. O Datafolha ouviu 8.433 pessoas em 313 municípios, na segunda e terça (21). A margem de erro do levantamento, feito em parceria entre Folha de S. Paulo e TV Globo, é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
O Datafolha revela ainda que, num eventual cenário em que a candidatura de Lula venha a ser impedida, seu virtual substituto, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece com 4%. O mesmo levantamento revela, porém, que 31% dos que dizem votar em Lula votariam em um nome apoiado por ele. E que outros 18% podem vir a fazê-lo. Ou seja, o ex-presidente tem potencial de transferir metade de sua intenção de voto.
A pesquisa informa também que Haddad, escolhido para vice de Lula e que somente nesta semana começou a viajar em campanha, ainda não é conhecido por 27% dos eleitores, contra 59% que já ouviram falar do ex-prefeito paulistano. Em comparação, Lula é conhecido por 99% dos ouvidos, Marina por 93% e Alckmin, por 88%.
Nas simulações de segundo turno, Lula supera Bolsonaro, Marina e Alckmin.
Eleição sem Lula?
Os votos brancos e nulos somam 11%, com 3% de indecisos, num cenário com o ex-presidente. Sem Lula, esses índices sobem respectivamente para 22% e 6%. Bolsonaro passa a liderar com 22%. Marina e Ciro dobram para 16% e 10%. E Alckmin também sobe, para 9%.
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