Maioria absoluta rejeita alteração estatutária da Cassi

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Maioria absoluta rejeita alteração estatutária da Cassi

Mais de 91 mil votaram não

Foi apurada na sexta-feira (5) a votação da reforma estatutária da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Cassi. De acordo com a Cassi, 132.504 associados votaram. Entre os votantes, 91.796 disseram NÃO à proposta de reforma do Estatuto, e 38.970 votaram favoravelmente à alteração. Foram registrados também 805 votos brancos e 933 nulos. A Contraf-CUT defendeu, junto com sindicatos e outras entidades, o voto pelo não.

A mudança estatutária da Cassi feria a representação dos associados com a mudanças de governança na Caixa de Assistência. Para isso, o BB usou de métodos, como: assédio, mensagens nos terminais de autoatendimento e nos celulares dos funcionários, como nunca havia feito em nenhuma campanha anterior.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionáros do BB, o desespero e o despreparo da equipe de negociação do banco mostraram que a reforma estatutária pretendida realmente era pra tirar poder de decisão dos associados da Cassi. “Os associados, a Contraf-CUT, sindicatos e demais entidades defenderam a Cassi. O voto não é um protesto contra a não negociação. As entidades entendem que o processo deve ser negociado em mesa e discutido com os funcionários de forma transparente e sem prejudicar o modelo de governança da Cassi, que é paritária, gerida por funcionários e, também, deve ser preservado o conjunto dos funcionários e as decisões do corpo social”, afirmou.

Wagner afirmou ainda que o resultado da votação possibilita uma nova reabertura de negociações. “A Cassi tem um plano B, que é a negociação e a participação do corpo social. Nós entendemos que uma mudança estatutária desse tamanho não pode ser feita sem a participação da Contraf-CUT, dos sindicatos e das demais entidades. O funcionalismo do BB merece mais respeito do que o que a direção da Cassi fez durante esse processo de votação. Estamos à disposição para a retomada das negociações num ambiente de respeito, transparência, no qual as responsabilidades do banco e dos associados sejam de forma proporcional, assim como está no estatuto”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

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