Para 43% dos brasileiros, reforma da Previdência de Bolsonaro beneficia os ricos

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Para 43% dos brasileiros, reforma da Previdência de Bolsonaro beneficia os ricos

Para 43,7% dos brasileiros, a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PLS) vai beneficiar os mais ricos e, portanto, vai aprofundar a desigualdade no Brasil, segundo levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas.

Além de impor como regra única a obrigatoriedade da idade mínima (65 anos para os homens e 62 para as mulheres) como requisito para os trabalhadores requererem a aposentadoria, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 06/2019 da reforma da Previdência, aumenta o tempo de contribuição de 15 anos para 20 anos, reduz o valor dos benefícios, altera as regras especiais de rurais e professores, e propõe a desvinculação do salário mínimo, o que prejudica também quem já está aposentado.

A esse rol enorme de maldades, 45,9% das mulheres, percentual maior do que a média geral, não tiveram dúvidas em responder que as mudanças nas regras de concessão de aposentadoria e auxílios previdenciários, como o auxílio-doença, beneficia quem tem renda mais alta. Entre os homens, o percentual foi de 41,3%.

A avaliação negativa sobre os efeitos da reforma de Bolsonaro para a classe trabalhadora também alcançou percentuais altos em todos os níveis de escolaridade, atingindo 44,3% entre os entrevistados que declararam ter ensino médio, 43,2% no ensino fundamental, e 43,7% entre os que têm ensino superior.

Outros 32,4% acreditam que a reforma será igual para todos, e apenas 12,5% disseram acreditar que os mais pobres serão beneficiados com a medida. 11,4% não opinaram.

Metodologia

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.066 pessoas com 16 anos ou mais em 26 estados e no Distrito Federal e em 168 municípios brasileiros, entre os dias 23 e 27 de maio, em 26 Estados e no Distrito Federal, além de 168 municípios brasileiros.

A pesquisa foi feita por meio de entrevistas telefônicas.

A amostra tem um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,0%.

Fonte: CUT

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