Secretário de Privatização ataca Cassi
Umuarama/PR
O secretário especial de Privatizações (Desestatização, Desinvestimento e Mercados) do governo Bolsonaro-Guedes, Salim Mattar, utilizou suas redes sociais para atacar os planos de saúde das empresas públicas e a Cassi especificamente.
“Os planos das estatais, de tantos privilégios, acabam apresentando rombos que o cidadão comum acaba pagando. No caso da Cassi, o Banco do Brasil irá repassar mais de R$ 1 bilhão para salvar o plano. Os acionistas minoritários e todos os cidadãos brasileiros vão acabar pagando por isso. Mais uma vez o cidadão pagador de impostos vai ser chamado a pagar a conta dos privilégios e distorções das administrações passadas”, declarou no Twitter.
“A missão de Salim Mattar é privatizar tudo o que for possível. Ele ataca a Cassi para tentar evitar que a nova proposta de manutenção da Cassi seja aprovada. Se a proposta for aprovada, a Cassi será mantida e será mais difícil de ele cumprir a missão de privatizar o Banco do Brasil”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Ele quer que a proposta seja recusada para a carteira da Cassi ser alienada e repassada para o mercado de saúde privada e, desta maneira, limpe a área para a privatização do banco”, completou.
Fukunaga ainda lembrou que até mesmo o atual presidente do BB, em vários momentos, declarou que o banco seria muito melhor se fosse privatizado. “Esta é a política de entreguismo do Estado do atual governo. Eles têm a missão de acabar com todas as empresas públicas”, alertou o coordenador da CEBB.
Vote SIM
A consulta aos associados da Cassi sobre a proposta de recuperação da Cassi começou na segunda-feira 18 e vai até o dia 28. A Contraf-CUT e demais entidades de representação dos funcionários (Anabb, AAFBB e FAABB) indicam o voto “Sim”.
“Quem difunde o ‘Não’ está jogando junto com o atual governo, pois com esta declaração, Mattar dá um sinal claro. Ele já deu a linha. É com este cenário, com este governo e com estes quadros que os trabalhadores terão de negociar se o ‘não’ ganhar. E algum funcionário do Banco do Brasil acha que, vencendo o ‘não’, o governo vai negociar uma saída que mantenha a sustentação da Cassi?”, questionou o dirigente.
“Por isso, defendemos o ‘Sim’ para salvar a Cassi com uma proposta negociada que resultará na injeção de recursos para a Caixa de Assistência dos Funcionários, que evitará a ingerência de aventureiros deste atual governo no nosso plano de saúde”, afirmou Fukunaga.
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