Fenaban frustra bancários e Comando Nacional indica greve a partir do dia 18
Os bancos mais uma vez frustraram as expectativas da categoria e não apresentaram nenhuma nova proposta na rodada de negociação realizada com o Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira 4. Diante do impasse, o Comando definiu calendário de mobilização que aponta para a realização de assembleias dia 12 para deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18, com assembleias organizativas no dia 17.
A rodada de negociação durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que colocariam novos avanços na mesa, os bancos mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real) apresentada no dia 28 de agosto.
"Com essa postura intransigente, os bancos empurram os bancários para a greve. Eles não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese na semana passada revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordo com reajustes acima da inflação no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5%", cobra Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Se setores econômicos sem a mesma pujança estão concedendo aumentos reais, os bancos podem muito mais. Somente os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período", afirma Carlos Cordeiro.
Diretores têm aumento real na remuneração milionária
Para o presidente da Contraf-CUT, a postura dos bancos para com os trabalhadores contrasta com a benevolência em relação a seus altos executivos. Dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelam que a remuneração média dos diretores estatutários de quatro dos maiores bancos (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander) em 2012 será 9,7% superior à do ano passado, o que significa um aumento real de 4,17%.
A remuneração total dos diretores dos quatro bancos, que inclui as parcelas fixas, variáveis e ganhos com ações, soma este ano R$ 920,7 milhões, contra R$ R$ 839 milhões em 2011. Cada diretor estatutário do BB embolsará este ano mais de R$ 1 milhão, os do Bradesco receberão R$ 4,43 milhões cada um, os do Santander R$ 6,2 milhões. E no Itaú saltou de R$ 7,4 milhões em 2011 para R$ 8,3 milhões este ano.
Bancários querem continuar negociando
"Vejam que situação perversa temos no Brasil. Aqui estão os maiores lucros dos bancos, inclusive dos estrangeiros, e também as maiores remunerações dos executivos. Por que os salários dos bancários brasileiros estão entre os menores?", questiona Carlos Cordeiro.
A Contraf-CUT, conforme orientação do Comando, enviará carta à Fenaban manifestando disposição para o diálogo e resolver o acordo na mesa de negociação. Também encaminhará ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas, e aos bancos privados, para exigir negociações sobre garantias de emprego.
"Queremos continuar negociando e buscar um acordo que contemple aumento real, valorização maior do piso, PLR de três salários mais R$ 4.961,28 fixos e mais contratações e garantias contra demissões imotivadas", conclui Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf/CUT
A rodada de negociação durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que colocariam novos avanços na mesa, os bancos mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real) apresentada no dia 28 de agosto.
"Com essa postura intransigente, os bancos empurram os bancários para a greve. Eles não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese na semana passada revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordo com reajustes acima da inflação no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5%", cobra Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Se setores econômicos sem a mesma pujança estão concedendo aumentos reais, os bancos podem muito mais. Somente os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período", afirma Carlos Cordeiro.
Diretores têm aumento real na remuneração milionária
Para o presidente da Contraf-CUT, a postura dos bancos para com os trabalhadores contrasta com a benevolência em relação a seus altos executivos. Dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelam que a remuneração média dos diretores estatutários de quatro dos maiores bancos (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander) em 2012 será 9,7% superior à do ano passado, o que significa um aumento real de 4,17%.
A remuneração total dos diretores dos quatro bancos, que inclui as parcelas fixas, variáveis e ganhos com ações, soma este ano R$ 920,7 milhões, contra R$ R$ 839 milhões em 2011. Cada diretor estatutário do BB embolsará este ano mais de R$ 1 milhão, os do Bradesco receberão R$ 4,43 milhões cada um, os do Santander R$ 6,2 milhões. E no Itaú saltou de R$ 7,4 milhões em 2011 para R$ 8,3 milhões este ano.
Bancários querem continuar negociando
"Vejam que situação perversa temos no Brasil. Aqui estão os maiores lucros dos bancos, inclusive dos estrangeiros, e também as maiores remunerações dos executivos. Por que os salários dos bancários brasileiros estão entre os menores?", questiona Carlos Cordeiro.
A Contraf-CUT, conforme orientação do Comando, enviará carta à Fenaban manifestando disposição para o diálogo e resolver o acordo na mesa de negociação. Também encaminhará ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas, e aos bancos privados, para exigir negociações sobre garantias de emprego.
"Queremos continuar negociando e buscar um acordo que contemple aumento real, valorização maior do piso, PLR de três salários mais R$ 4.961,28 fixos e mais contratações e garantias contra demissões imotivadas", conclui Carlos Cordeiro.
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