Contraf-CUT repudia truque do Itaú de fechar caixas eletrônicos na greve

Contraf-CUT repudia truque do Itaú de fechar caixas eletrônicos na greve
A Contraf-CUT repudia a postura do Banco Itaú de ordenar o fechamento de caixas eletrônicos no espaço do autoatendimento das agências em várias cidades do país, com o objetivo de jogar a população contra os bancários e sua justa reivindicação por melhor remuneração, emprego, mais saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

Em um esforço para diminuir os prejuízos da população diante da intransigência dos bancos, a Contraf-CUT orientou os sindicatos a manterem nos primeiros dias de greve um funcionamento mínimo dos caixas eletrônicos, em especial para o atendimento dos aposentados.

A greve nacional por tempo indeterminado deflagrada pelos bancários nesta terça-feira 18 não é contra a população, mas contra os bancos, que batem recorde após recorde de lucros explorando seus trabalhadores e toda a sociedade brasileira, obrigada a pagar os juros e tarifas mais altos do mundo, mesmo com a drástica redução da taxa Selic. E ainda a enfrentar as filas por falta de funcionários.

Se o Itaú quer fechar seus caixas eletrônicos para evitar saques, que assuma publicamente sua decisão, em vez de usar esse truque barato para enganar a população. Os gestores das agências do Itaú, que não estão fazendo greve, têm totais condições de abastecer os caixas eletrônicos.

O Itaú é o banco que mais lucra em todo o sistema financeiro nacional (R$ 7,12 bilhões somente no primeiro semestre), o que mais demite (fechou mais de 9 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses) e o que melhor remunera seus altos executivos, que este ano embolsarão até R$ 8,4 milhões cada um.

Com essa atitude, o Itaú só quer prolongar a greve. Em vez disso, deveria retomar as negociações e apresentar uma proposta decente que respeite as reivindicações de seus funcionários. Afinal, são eles que com seu trabalho e produtividade ajudam o Itaú a bater os recordes de lucro. E por isso merecem melhor remuneração, garantias contra demissões imotivadas, mais saúde, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades. E também merecem mais respeito.

Carlos Cordeiro,
Presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários

Fonte: Contraf/CUT

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