Protocolo de intenções adota boas práticas no acesso aos serviços bancários da Caixa
PACTU
Adotar medidas efetivas de proteção para os empregados e terceirizados nas agências, revisar os planos de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual e Divulgar campanhas publicitárias de desestímulo à ida às agências. Esses são alguns dos compromissos assumidos pela Caixa no Protocolo de Intenções. O documento assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e Caixa Econômica Federal visa à adoção de boas práticas na prevenção de contaminação da COVID-19 no acesso aos serviços bancários.
Segundo a presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, a celebração do protocolo de intenções é um grande avanço. “O banco precisará cumprir uma série de medidas que cobramos desde o início das negociações sobre as ações de prevenção à Covid-19, em todo o Brasil, sem nenhuma diferenciação por estado ou região. O que nivela as ações no país todo”, explicou Juvandia.
Ainda de acordo com a presidente, o documento impede que a Caixa adote práticas prejudiciais à saúde dos empregados e que o movimento sindical é radicalmente contra, como a ampliação do horário de atendimento nas agências e o trabalho aos sábados e domingo frequentemente.
Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, o documento reúne reivindicações importantes que as entidades cobram da Caixa. “Nós da Fenae e as entidades estamos cobrando da Caixa desde o início da pandemia e tivemos algumas conquistas. Agora precisamos avançar e o protocolo de intenções será um instrumento importante para compor nossas reivindicações”, avaliou Takemoto.
A Caixa irá melhorar as práticas já existentes. Caso haja aglomerações e o banco precise elaborar cronograma de abertura antecipada das agências, estender o horário de funcionamento ou atendimentos aos sábados e feriados, o banco deverá observar a jornada legal ordinária dos bancários e os termos previstos no Acordo e na Convenção Coletiva de Trabalho, ou dialogadas nas comissões de crise.
“Isso é importante, pois existem casos de bancários trabalhando até 15 horas por dia, em total desacordo com a legislação vigente e os acordos coletivos estabelecidos” observou a secretária e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Todo o cenário reforça a importância da Caixa 100% pública e quão necessária ela é para a sociedade. Mas, temos preocupação com os empregados e a forma de trabalho até então adotada está levando os trabalhadores à exaustão e ao adoecimento, sem contar o risco ao coronavírus”, concluiu Fabiana.
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