Bancários do Santander definem estratégias de atuação
PACTU
Além de definir pautas e formas de atuação, Encontro Nacional, com 146 representantes de bases sindicais de todo o país, foi utilizado para formação sobre atuação em rede
Bancários do Santander se reuniram nesta terça-feira (14), por videoconferência, para debater sobre as condições de trabalho no banco em meio à pandemia do coronavírus e traçar os próximos passos para a luta em defesa dos direitos, do emprego, da saúde e da renda dos funcionários.
“Nosso Acordo Coletivo de Trabalho já foi assinado, mas existe ainda muita coisa a ser conquistada, tanto aquelas específicas do banco, quanto as que são negociadas na mesa com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Por isso, foi muito importante termos realizado este encontro”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia. “Também pudemos alinhar nossa atuação contra a cobrança de metas abusivas pelo banco e contra as demissões que estão ocorrendo quando aos bancários não conseguem cumprir estas metas”, completou.
“O sindicato no mundo digital”
Para o dirigente da Contraf-CUT, os sindicatos dos bancários são reconhecidos por sua constante presença nos locais de trabalho da categoria. “Este é o segredo do sucesso do movimento sindical bancário. E será mantido. Mas, neste momento de isolamento social, com grande parte dos funcionários trabalhando em home office, precisamos utilizar novas formas de comunicação e mobilização”, disse Mario. “Se não podemos marcar presença nos locais de trabalho, temos que fazer isso de outra forma. Por isso, usamos o encontro, também, para ampliarmos e aprimorarmos nossos conhecimentos de outras formas para nos comunicarmos com os bancários, onde quer que eles estejam”, explicou.
O consultor em comunicação, internet, redes sociais e TI, Ricardo Negrão, foi o responsável pelo momento de formação do encontro. Negrão falou sobre as mudanças necessárias para a atuação em rede.
“Essa experiência presencial não é mais possível e o método tradicional de distribuição de conteúdos não funciona mais. É aqui que entra a comunicação. E os sindicatos precisarão investir para que ela aconteça efetivamente e possa auxiliar na continuidade do relacionamento com as bases”, alertou o consultor.
“O bancário, assim como qualquer outra pessoa é impactado a todo momento por diferentes métodos e canais. Nós também precisamos pensar em como atingi-lo”, disse Negrão. “Mas, não basta pensar na distribuição do conteúdo. Antes precisamos definir objetivos e estratégias, com base em pesquisas. Escolher temas, linguagem, palavras-chave e quais canais serão utilizados. Somente depois disso vamos produzir e aí, todos temos que colocar a mão na massa para a mensagem chegar onde a gente quer que ela chegue”, completou.
Negrão também disse que, com a campanha em andamento é preciso monitoramento para saber se ela está atingindo o público definido e, se for o caso, realizar mudanças para melhorar seu desempenho.
Resoluções
O encontro também definiu pautas a serem levadas para debate na 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada na próxima sexta-feira (17) e sábado (18), também por videoconferência.
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