Empregados cobram mais respeito em Campanha contra as metas desumanas

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Empregados cobram mais respeito em Campanha contra as metas desumanas

Objetivo é valorizar o empregado da Caixa que pagou auxílio emergencial à metade dos brasileiros e denunciar metas inalcançáveis impostas pelo banco

Em um ano marcado pela crise sanitária do novo coronavírus (covid-19), a atuação dos empregados Caixa foi essencial para reduzir os impactos da crise. A Campanha de Valorização dos Bancários da Caixa cobra mais respeito a esses trabalhadores que mostraram a força de um banco público e sua importância para a soberania nacional. Encabeçada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag), a campanha visa reconhecer esses empregados que trabalham para manter a Caixa pública, mesmo diante de tantas ameaças.

Os números do balanço de 2020 provam o esforço feitos pelo pessoal da Caixa. Aproximadamente metade da população passou pelo banco público neste ano. Em tempo recorde, o banco assumiu o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios emergenciais. Algo em torno de 120 milhões de brasileiros utilizaram a Caixa no período.

Para garantir à população uma condição de enfrentar a crise da pandemia, os bancários se desdobraram em jornadas exaustivas, sofrendo riscos de contaminação nas agências lotadas e com quadro reduzido de trabalhadores. Além disso, metas abusivas têm acompanhado o empregado desde o início da pandemia. Apesar da direção do banco ter assumido o compromisso de diminuir as metas, a medida não aconteceu e agora no fim do ano as metas colocadas ficaram desumanas. "O ano terminando e a Caixa ainda continua explorando os empregados. Todos estão sobrecarregados, a pressão devido aos excessos de atendimentos e cobrança por metas desumanas estão adoecendo os colegas trabalhadores”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Também foi graças ao trabalho dos empregados Caixa que o Brasil promoveu a bancarização de 38 milhões de cidadão que estavam invisíveis aos olhos do governo federal. Resultado da expertise dos empregados, o banco digital já entrou na mira da agenda privatista do presidente da Caixa, Pedro Guimarães e do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"A privatização do banco digital da Caixa, poderá representar o fim de uma empresa centenária e essencial para sociedade brasileira. A luta é a manutenção do nosso banco Digital na Caixa. Esta luta vai precisar de todos nós!", afirmou o presidente da Fenag, Mairton Antônio Garcia.

Sem saber ao certo o que pode acontecer com a Caixa, a pauta de privatização também tem deixado os empregados ansiosos. Pedro Guimarães confirmou a abertura de capital da Caixa Seguridade para 2021. A direção também já planeja o IPO do banco digital, uma subsidiária que ainda aguarda sair do papel.

 Para a secretária da Cultura da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, a campanha é fundamental para o reconhecimento dos empregados que se doaram neste ano de pandemia. "A nossa luta é por mais respeito, mais contratações e condições de trabalho dignas. Os empregados estão estafados não só com essas metas desumanas que estão sendo impostas, mas com tudo de ruim que a direção da Caixa está fazendo", destacou.

 Com os planos de fatiar a Caixa e enfraquecer o principal banco público dos brasileiros, a Campanha de Valorização dos Bancários da Caixa também chama a atenção da sociedade para o fatiamento que está acontecendo na Caixa.

Fonte: FENAE

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