Contraf-CUT define construção com Fenaban do 2º Censo da Diversidade
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quarta-feira (27) a mesa temática de Igualdade de Oportunidades com a Fenaban, em São Paulo. A primeira reunião em 2013 foi marcada pelo início dos trabalhos visando o planejamento do 2º Censo da Diversidade, que deverá ser executado em 2014, conforme foi conquistado na Campanha Nacional dos Bancários de 2012.
"Conseguimos garantir a participação do movimento sindical em todo o processo de construção do 2º Censo, desde a elaboração dos questionários, acompanhamento e divulgação dos resultados. Essa era uma reivindicação antiga para garantir transparência em todo processo", afirma Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Outro ponto definido se refere ao calendário de preparação do 2º Censo, que deve se estender até novembro deste ano, com previsão para ser aplicado na categoria a partir de março de 2014. "A Contraf-CUT irá elaborar uma proposta de calendário de reuniões dos grupos de trabalho que comporão a construção do levantamento nos próximos dias e enviará à Fenaban. A partir do entendimento comum das datas, os trabalhos dos grupos iniciarão ainda neste semestre", explica a dirigente sindical.
A Fenaban se comprometeu ainda a melhorar as informações que dizem respeito às ocupações dos trabalhadores, sobre o tempo e permanência no emprego e progressão profissional. "Será incluída no 2º Censo a análise de orientação sexual, o que no censo anterior não havia sido contemplado", ressalta Andrea.
Exclusão
A dirigente da Contraf-CUT critica o fato de a Fenaban não ter aceito a extensão da pesquisa a todos os trabalhadores nos bancos. "Nossa proposta é de que, além dos bancários, o 2º Censo inclua terceirizados, estagiários e jovens aprendizes. Mas os bancos rejeitaram", salienta Andrea.
A federação dos bancos se recusou também a fazer a diferenciação entre bancos públicos e privados. "Isso nos permitiria saber, por exemplo, qual é a real contratação de negros e negras pelos bancos privados, já que essas informações não estão sendo disponibilizadas para o movimento sindical", critica a diretora da Contraf-CUT.
Pessoas com Deficiência (PCDs)
Nas campanhas nacionais, o movimento sindical tem reivindicado mais contratações de trabalhadores com deficiência e a adaptação do ambiente de trabalho às suas necessidades, conforme o que preconiza a NR-17, além da acessibilidade irrestrita. Também tem sido pautado que a participação de representantes dos PCDs na elaboração e implementação dos programas de qualificação e capacitação desses trabalhadores é fundamental para criar um quadro favorável de socialização de saberes e experiências.
Foi ressaltada a importância de garantir abono de faltas quando for necessária à manutenção de próteses, órteses, cadeiras, óculos etc. Esses componentes artificiais são essenciais à mobilidade dos trabalhadores e sem eles é impossível a locomoção.
"Se os demais trabalhadores têm o direito de apresentar atestado médico, no momento em que ocorre algum problema de saúde ou acidente sem o registro da falta, por que os trabalhadores com deficiência não podem apresentar um documento que justifique o reparo desses componentes?", questiona Andréa. A Contraf-CUT ressaltou que já há essa conquista num banco privado e que, portanto, é possível estendê-la para as demais instituições financeiras.
"Também reivindicamos que todos os bancos subsidiem a compra de componentes artificiais e dispositivos externos, segundo as necessidades dos trabalhadores com deficiência", salienta a dirigente da Contraf-CUT.
A Fenaban ficou de avaliar essas demandas e apresentar uma resposta na próxima mesa temática.
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