Para BB, problemas de trabalho se combatem com kit antiestresse superfaturado
PACTU
Imagine que você trabalha em um banco e, como tal, conta com um ambiente estressante e agressivo. Metas absurdas, clientes difíceis, colegas complicados e muito mais, são parte de sua rotina. Qual seria a solução para combater este problema? Reduzir o excesso de cobrança? Chefia preocupada em criar um local de trabalho mais agradável?
Que nada. Para o Banco do Brasil, a melhor maneira de combater essas mazelas que atingem os trabalhadores e trabalhadoras do banco é com “kit antiestresse”. Sim, você não leu errado. Tudo o que os bancários do BB querem, após um dia estafante, é de apertar uma bolinha de borracha e colocar um massageador na cabeça, pois, como mágica, todos os problemas somem.
Por exemplo, o Programa Extraordinário de Desempenho Gratificado (PDG), que vem causando estresse entre os bancários do BB por conta da falta de critérios para receber a gratificação, desaparece após 10 minutos de cafuné. Há déficit de funcionários? Cinco minutos apertando a bolinha e tudo se resolve.
A cereja do bolo é o fato de que a compra dos 1,2 mil kits teve a licitação dispensada pelo banco e a previsão é a de que o custo unitário de cada kit saia por R$ 25,83 cada um. Porém, basta uma rápida pesquisa para ver que o conjunto poderia sair mais barato. O massageador de cabeça pode ser encontrado por R$ 11,99. As bolinhas saem por pouco mais de R$ 2 a unidade. Ou seja, o kit contratado pelo BB sai por quase o dobro do valor.
Alguém ficou feliz com isso e não foram os bancários.
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