Ato no Senado defende empresas públicas contra privatizações de Bolsonaro

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Ato no Senado defende empresas públicas contra privatizações de Bolsonaro
Eletrobras: trabalhadores contestam valor de venda da empresa. Foto: Arquivo ABr

Mobilização alerta para os riscos de perda de soberania com iniciativas do governo em torno do patrimônio público. Venda de ações da Eletrobras é realizada na Bolsa de Valores nesta segunda-feira

O Comitê Nacional em Defesa de Empresas Públicas e o senador Paulo Paim (PT-RS) realizam na manhã desta segunda-feira (13), a partir das 10h30, um ato na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal em defesa das empresas públicas e do patrimônio nacional.

Na última quinta-feira, o governo de Jair Bolsonaro consolidou o processo de privatização da Eletrobras, levantando um total de R$ 29,29 bilhões. A venda de ações será realizada nesta segunda-feira, na Bolsa de Valores.

Segundo os eletricitários, a estatal está sendo vendida por pelo menos R$ 40 bilhões abaixo de seu valor. E o governo Bolsonaro quer vender, ainda este ano, outras quatro empresas públicas: o porto de Santos, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte e do Recife e a Ceasaminas. 

O evento marca ainda a ampliação da defesa em torno Petrobras, que está sob ameaça de privatização. Também será lançado O livro “O Futuro é Público”, produzido em parceria com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e com a coautoria de Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

O avanço das privatizações

A privatização da CBTU de Belo Horizonte está avançada, com previsão de que o edital seja publicado em agosto, enquanto a CBTU do Recife deve ficar para o fim do ano.

A desestatização da Ceasaminas, centro de abastecimento na região metropolitana de Belo Horizonte, aguarda a modelagem em análise neste momento pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Para dezembro, deve ficar a privatização do Porto de Santos. Essas informações foram dadas pela Secretária de Desestatização e Desinvestimento (SDD) do Ministério da Economia, Marília Garcez, ao jornal Valor Econômico.

Venda de ações

As ações da Eletrobras começam a ser negociadas na Bolsa de Valores, B3, nesta segunda-feira (13), às 10h, horário de abertura do mercado. É a última etapa da operação que resultará na privatização da maior empresa do setor elétrico brasileiro. O governo pretende concluir o processo de privatização nesta terça-feira (14).

O preço de cada ação da Eletrobras foi definido em R$ 42, o que resultou em uma arrecadação inicial de R$ 29,29 bilhões. O montante da operação pode chegar a um valor superior a R$ 33 bilhões, levando em consideração a possibilidade da inclusão de lotes extras de ações.

Ao todo, serão ofertadas 627 milhões de ações novas, em uma oferta primária, e 69 milhões de ações que pertencem ao BNDESPar, em uma oferta secundária. Com isso, a participação do governo federal na companhia vai passar de 72% para cerca de 45%. No entanto, a União seguirá com ações preferenciais, o que permite o poder de veto do governo em determinas decisões tomadas pela empresa.

Com informações da CUT e CNN

 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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