24º Congresso dos Bancários do BB aprova pauta de reivindicações específicas
O 24º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou neste domingo 19, em São Paulo, a pauta de reivindicações específicas, centrada no combate ao plano de funções comissionadas, o assédio moral, a política antissindical e as péssimas condições de trabalho. Participaram do Congresso, realizado no Hotel Holiday Inn, 318 delegados de todo o país, dos quais 214 homens e 104 mulheres.
\"O funcionalismo aprovou uma série de propostas para os quatro grandes eixos que foram debatidos no Congresso - que são remuneração e condições de trabalho, saúde e previdência, organização do movimento e Banco do Brasil e o Sistema Financeiro Nacional - para fazer enfrentamento à pior administração do BB dos últimos anos, que ataca o funcionalismo, coloca em risco o banco, desviando-o do seu papel de banco público\", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
\"Foi construída uma grande unidade de todas as forças do movimento para fazer o enfrentamento com a direção do BB e construir uma grande campanha nacional os bancários que lute contra esse plano de funções implantado unilateralmente, que melhore as condições de trabalho e de remuneração de todo o funcionalismo. E que, além disso, coloque o banco no rumo certo, com respeito aos trabalhadores, boas condições de trabalho, atendendo a população e os interesses da sociedade brasileira\", conclui William.
\"Estamos preparados para a luta\"
Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, o Congresso do BB aconteceu em um momento muito importante para o funcionalismo. \"A direção do banco vem tentando tirar os direitos dos trabalhadores com um processo de negociação sem o envolvimento das entidades sindicais. O objetivo do BB é seguir o que diz o mercado, focando o tal índice de eficiência\", ressalta Cordeiro.
Segundo o presidente da Contraf-CUT, infelizmente o BB optou por um caminho contrário ao do banco público, na direção do privado. \"Hoje, a direção do banco está mais preocupada em disputar mercado com o Bradesco e o Itaú, quando de fato deveria se preocupar em fazer um banco público voltado para o desenvolvimento, voltado de fato para as pessoas, em que o funcionalismo teria um papel importante\", afirma.
Por este motivo, enfatiza Carlos Cordeiro, \"queremos que o BB possa ter uma negociação séria, valorizando os trabalhadores, e dando fim à prática do assédio moral e metas abusivas, pois é uma política da direção do banco que leva o bancário ao adoecimento. Atualmente é cada vez mais comum termos bancários tomando remédios de tarja preta\".
\"Estamos totalmente preparados para a luta e seguiremos fortalecendo a unidade dos trabalhadores para enfrentar a truculência do banco\", conclui Carlos Cordeiro.
Pactu presente
Os sindicatos do Pactu foram representados pelos seguintes delegados: Aristoteles Barros da Silva, de Toledo, Luiz Marcelo Legnani, de Campo Mourão, Tathiani Carvalho, de Guarapuava, Silene Aparecida Paulino Souza, de Paranavaí, e Irio Izidoro dos Santos, de Alto Piquiri (Sindicato de Umuarama).
Deixar comentário