Ministério Público e governo fazem mediação entre Lojas Americanas e sindicatos para tentar evitar demissões
PACTU
Sindicatos querem que a empresa apresente previamente qualquer plano de reestruturação
O Ministério Público do Trabalho e o governo federal começaram a intermediar contatos entre sindicalistas e representantes da Lojas Americanas, para tentar evitar demissões na empresa varejista. Nova reunião está prevista para amanhã (10).
Os dirigentes sindicais pediram que qualquer plano de reestruturação envolvendo trabalhadores seja apresentado previamente às entidades. Eles também querem que eventuais demissões passem por homologação nos sindicatos, o que se aboliu com a “reforma” da legislação feita em 2017.
Participaram da primeira audiência o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o subprocurador-geral do Trabalho Francisco Gérson de Lima. O objetivo é amenizar o impacto – sobre os empregados – da crise da Lojas Americanas, com “rombo” superior a R$ 40 bilhões.
Transparência e negociação
Marinho cobrou transparência nas informações por parte da empresa. Já o subprocurador também defendeu a negociação. “O cenário existente sugere que o enfrentamento dialogal, sincero e transparente entre as Instituições públicas, a empresa e os sindicatos é a melhor forma de conduzir a questão”, afirmou. De acordo com o MPT, o advogado da empresa “reiterou o compromisso firmado na reunião com os sindicatos e se comprometeu a não realizar nenhuma grande demissão até a aprovação do plano de recuperação judicial, previsto para 20 de março”. A Americanas tem 44 mil empregados diretos.
Pelas centrais, participaram representantes de CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB. E também da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs), entre outras entidades.
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