CUT e centrais pressionam e incluem fim do Fator na negociação com governo
Por pressão da CUT e das demais centrais sindicais, dois itens da Pauta da Classe Trabalhadora entregue à presidenta Dilma Rousseff em maio, que haviam ficado de fora da Mesa de Negociação, foram recolocados na lista que está sendo negociada com o governo.
Em maio, o governo disse que não tinha proposta para duas reivindicações importantíssimas dos trabalhadores: o fim do Fator Previdenciário e redução de jornada para 40 horas sem redução de salário. Na primeira reunião de da Mesa de Negociação, realizada nesta terça-feira, dia 11, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, os dirigentes sindicais apresentaram um cronograma de negociação onde constavam os dois itens.
Pela proposta dos sindicalistas, em junho os itens a serem negociados são: emprego doméstico, regulamentação da terceirização, implantação dos Conselhos do Pronatec e do Pronacamp, SINE e Simples Trabalhista. Em julho, regulamentação da Convenção 151, rotatividade, fim do Fator Previdenciário e reforma agrária. Em agosto, informalidade, 10% do Orçamento para a saúde e investimento produtivo. Para setembro, ficou redução da jornada e tabela do imposto de renda e salário mínimo 2015.
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, pediu apenas para alterar o cronograma e colocar a negociação sobre o fim do fator previdenciário em agosto. Isto porque, disse ele, até lá o governo tem tempo de discutir o tema internamente.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, recolocar o fim do fator e da redução da jornada na mesa de negociação com o governo representa um grande avanço. "Na última vez que nos reunimos, o governo dizia que não ia negociar porque não tinha propostas. Agora, acena com a possibilidade de nos apresentar uma proposta até agosto.
Fonte: CUT
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