CUT repudia empresários e PL 4330
Na Avenida Paulista, centro do capital financeiro do País, na entrada da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), casa da classe patronal e do neoliberalismo, a CUT e demais centrais sindicais à frente de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras de diversos ramos mandaram um recado ao governo e ao Congresso Nacional: se o PL 4330, que retira direitos e precariza as relações de trabalho, for colocado em votação na próxima quarta-feira, dia 14 de agosto, a classe trabalhadora vai invadir e ocupar Brasília.
Dessa vez, o alvo das manifestações foram os empresários, que possuem maioria no Congresso Nacional, reforçando a unidade das centrais em torno da pauta da classe trabalhadora.
Diversos atos foram realizados nesta manhã e ocorrem até o final do dia nas principais capitais dos estados e municípios das regiões metropolitanas, em frente às federações e confederações patronais, nos locais de trabalho, ruas, legislativos e prefeituras.
Tentativa de legalizar a interposição fraudulenta de mão de obra
De acordo com Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional, o nefasto PL 4330 é uma clara tentativa da classe empresarial de legalizar a interposição fraudulenta da mão de obra, com o propósito de precarizar ainda mais os postos de trabalho e diminuir os custos. \\\"Se o projeto for votado no dia 14 de agosto, a classe trabalhadora vai ocupar Brasília e o Congresso Nacional\\\", enfatizou.
O PL 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), já recebeu aval do relator do texto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA), e poderá entrar na pauta de votação na próxima semana.
Na segunda-feira (5), em mais uma reunião da mesa quadripartite (trabalhadores, empresários, governo e Congresso Nacional), o deputado Arthur Maia afirmou que o processo de negociação está encaminhado e que não há mais espaço para alterações.
\\\"Deputados que votarem a favor do projeto da terceirização serão classificados como inimigos da classe trabalhadora. Vamos divulgar os seus nomes nas ruas, na internet, nos locais de trabalho e recomendar para que os trabalhadores não votem neles em 2014\\\", relatou Vagner.
Caso o PL 4330 passe pela CCJC da Câmara, os trabalhadores vão parar o Brasil no dia 30 de agosto. \\\"A presidenta Dilma (Rousseff) se comprometeu em não compactuar com nenhum retrocesso contra a classe trabalhadora.
Fonte: Contraf/CUT, com Pactu e CUT
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