Slogan 30 anos transformando o Brasil não foi à toa, diz Vagner Freitas
Na terceira e última parte da entrevista do presidente nacional da CUT à série dos 30 anos, Vagner Freitas fala das reformas política e tributária e da democratização das comunicações que, segundo ele, são três lutas prioritárias para a Central.
O presidente da CUT afirma que a reforma política é urgente porque garantirá maior participação à sociedade no processo eleitoral e mais representatividade ao eleitor. Sobre a reforma tributária diz que "é urgente e essencial fazer essa inversão no Brasil, pois aqui se tributa o trabalho, mas o patrimônio não é tributado".
A respeito da democratização dos meios de comunicação deixa claro que não se trata de censura, mas sim de garantir a todos o direito à informação, hoje negado à maioria da população porque o poder de informar está concentrado nas mãos de poucos e conservadores proprietários da mídia.
Por fim, ele convoca toda a base cutista e classe trabalhadora a festejar com orgulho os 30 anos da CUT, pela trajetória, lutas e conquistas da Central em seus 30 anos de existência.
"A CUT foi fundada e existe para transformar a sociedade brasileira, para diminuir e acabar com as injustiças sociais e valorizar o trabalhador como célula principal da sociedade brasileira". Para ele, "mão é à toa que escolhemos o slogan 30 anos transformando o Brasil".
Confira a parte final da entrevista:
PORTAL - Além de todos os itens da pauta da classe trabalhadora, da pauta social por reestruturação do Estado que outras lutas são prioritárias para a CUT?
VAGNER FREITAS - Neste momento, são três: a reforma política, a reforma tributária e a democratização das comunicações: Esses são temas importantíssimos para a CUT e o Brasil já e para os próximos anos. E podem ter certeza que, da mesma forma que a Central participou de outros momentos decisivos do País, como a campanha pelas Diretas-Já, vai participar de maneira direta nessas três lutas essenciais para toda a sociedade.
PORTAL - Por que priorizar essas três lutas em um País com tantas demandas?
VAGNER FREITAS - A reforma política garante a participação da sociedade na discussão e soluções de assuntos decisivos, levando a uma democracia participativa direta e cada dia mais consolidada no Brasil. Quando um presidente da República, um deputado, senador e prefeito são eleitos não é dado a eles a tutela para fazer representação integral, durante 24 horas por dia, da opinião e vontade do eleitor. Essa é a forma de estruturar a sociedade.
A população tem de ter mais voz, mais participação para poder se expressar diretamente. A reforma política é necessária justamente para criar um sistema eleitoral mais democrático, com igualdade de participação de todas as classes sociais. Também promove direitos iguais no processo eleitoral, algo que não acontece no Brasil hoje porque, lamentavelmente, esse sistema é conduzido por interesses do grande empresariado, pelo setor financeiro. O brasileiro até acredita ter votado no candidato que escolheu, mas, na verdade, parte votou naquele que o poder econômico impôs e deixou que ele conhecesse e votasse.
PORTAL - A aprovação de uma reforma tributária se arrasta. Você acredita que essa reforma ampla ainda é o principal caminho para assegurar que o dinheiro público seja utilizado de maneira mais justa, igual e produtiva no Brasil?
VAGNER FREITAS - A tributária é outra reforma tão essencial quanto à reforma política no Brasil. A CUT precisa construir a reforma do Estado brasileiro juntamente com toda a sociedade. Para que a educação, a saúde e o transporte públicos e de qualidade sejam efetivamente um direito do cidadão, precisamos fazer reforma tributária, pois somente assim os que ganham mais vão financiar essas políticas públicas.
Fonte: CUT
O presidente da CUT afirma que a reforma política é urgente porque garantirá maior participação à sociedade no processo eleitoral e mais representatividade ao eleitor. Sobre a reforma tributária diz que "é urgente e essencial fazer essa inversão no Brasil, pois aqui se tributa o trabalho, mas o patrimônio não é tributado".
A respeito da democratização dos meios de comunicação deixa claro que não se trata de censura, mas sim de garantir a todos o direito à informação, hoje negado à maioria da população porque o poder de informar está concentrado nas mãos de poucos e conservadores proprietários da mídia.
Por fim, ele convoca toda a base cutista e classe trabalhadora a festejar com orgulho os 30 anos da CUT, pela trajetória, lutas e conquistas da Central em seus 30 anos de existência.
"A CUT foi fundada e existe para transformar a sociedade brasileira, para diminuir e acabar com as injustiças sociais e valorizar o trabalhador como célula principal da sociedade brasileira". Para ele, "mão é à toa que escolhemos o slogan 30 anos transformando o Brasil".
Confira a parte final da entrevista:
PORTAL - Além de todos os itens da pauta da classe trabalhadora, da pauta social por reestruturação do Estado que outras lutas são prioritárias para a CUT?
VAGNER FREITAS - Neste momento, são três: a reforma política, a reforma tributária e a democratização das comunicações: Esses são temas importantíssimos para a CUT e o Brasil já e para os próximos anos. E podem ter certeza que, da mesma forma que a Central participou de outros momentos decisivos do País, como a campanha pelas Diretas-Já, vai participar de maneira direta nessas três lutas essenciais para toda a sociedade.
PORTAL - Por que priorizar essas três lutas em um País com tantas demandas?
VAGNER FREITAS - A reforma política garante a participação da sociedade na discussão e soluções de assuntos decisivos, levando a uma democracia participativa direta e cada dia mais consolidada no Brasil. Quando um presidente da República, um deputado, senador e prefeito são eleitos não é dado a eles a tutela para fazer representação integral, durante 24 horas por dia, da opinião e vontade do eleitor. Essa é a forma de estruturar a sociedade.
A população tem de ter mais voz, mais participação para poder se expressar diretamente. A reforma política é necessária justamente para criar um sistema eleitoral mais democrático, com igualdade de participação de todas as classes sociais. Também promove direitos iguais no processo eleitoral, algo que não acontece no Brasil hoje porque, lamentavelmente, esse sistema é conduzido por interesses do grande empresariado, pelo setor financeiro. O brasileiro até acredita ter votado no candidato que escolheu, mas, na verdade, parte votou naquele que o poder econômico impôs e deixou que ele conhecesse e votasse.
PORTAL - A aprovação de uma reforma tributária se arrasta. Você acredita que essa reforma ampla ainda é o principal caminho para assegurar que o dinheiro público seja utilizado de maneira mais justa, igual e produtiva no Brasil?
VAGNER FREITAS - A tributária é outra reforma tão essencial quanto à reforma política no Brasil. A CUT precisa construir a reforma do Estado brasileiro juntamente com toda a sociedade. Para que a educação, a saúde e o transporte públicos e de qualidade sejam efetivamente um direito do cidadão, precisamos fazer reforma tributária, pois somente assim os que ganham mais vão financiar essas políticas públicas.
Deixar comentário