Bancários cruzam os braços nesta quinta contra o descaso dos banqueiros
PACTU
A categoria bancária do Paraná promoveu na manhã desta quinta-feira (15) o fechamento das principais agências bancárias. A ação é organizada pelos 10 sindicatos (Curitiba, Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama) que compõem a base da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR). O protesto se encerra ao meio-dia.
O motivo do protesto é pela insistência de os banqueiros não oferecer uma proposta condizente com as necessidades da categoria bancária. De acordo com o presidente da Fetec, Deonisio Schmidt, a proposta relacionada a cláusula econômica e o principal empecilho no momento. “Ainda que tivemos avanços nas propostas sociais, é necessário que os bancos proponham algo substancial nas cláusulas econômicas. Diante desta situação, organizamos a nossa categoria para que fizessem esse protesto, para mostrar a nossa insatisfação”, explica.
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Reivindicações da categoria por tema
Cláusulas econômicas
– Aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%).
– Valorização da PLR e tickets.
Cláusulas sociais
– Igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
– Mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos.
– Olhar especial para bancárias e bancários transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo com menor expectativa de vida no país, por conta da violência e preconceito que também dificultam o acesso e permanência no mercado de trabalho.
– Combate ao assédio moral e sexual.
Saúde
– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, para que tenham garantia de ambiente de trabalho adaptado e condições de ascensão profissional.
– Direito à desconexão.
– Combate à gestão por metas abusivas e que impacta na saúde e nas condições de trabalho.
E ainda
– Garantia de emprego e dos direitos conquistados.
– Fim das terceirizações.
– Jornada de quatro dias.
– Ampliação do teletrabalho.
– Retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, e garantir direitos dos desligados.
– Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica.
– Indenização adicional em caso de demissão.
– Garantias para mães e pais de PCDs, quando necessitarem acompanhar filhos nos atendimentos médicos e educacionais.
– Segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro.
Texto: Flávio Augusto Laginski e Contraf-CUT
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