Comando Nacional dos Bancários cobra nova rodada de negociação com a Caixa
Campo Mourão/PR
O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, enviou ofício à Caixa Econômica Federal, nesta quinta-feira (24), para cobrar que o banco se posicione sobre à realização de uma nova negociação específica nesta sexta-feira (25). A proposta dos representantes dos trabalhadores é de que a reunião ocorra em São Paulo (SP), logo após a quinta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban.
"A Caixa se mantém em silêncio, apesar da solicitação que fizemos e de ser normal e prático que haja a negociação específica após os debates na mesa única", disse Fabiana Matheus, coordenadora da CEE da Caixa. Ela ainda acrescentou. "Não houve avanço em nenhuma das reuniões com os representantes da Caixa e nada significativo nas tratativas com os outros bancos. Essa postura intransigente, se for mantida, vai empurrar a categoria para a greve."
Segundo Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, a disposição dos trabalhadores é lutar, com unidade e força, pelos necessários avanços. "Queremos que as instituições financeiras apresentem propostas que reconheçam e valorizem o esforço diários dos bancários. Apenas no ano passado, os cinco maiores bancos lucram mais de R$ 60 bilhões. Ou seja, há condições financeiras para atender nossas reivindicações", afirmou.
Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT, a mobilização dos trabalhadores é fundamental. "Está na hora da categoria mostrar a sua força e exigir mais respeitos dos banqueiros. Juntos atingiremos nossos objetivos", reforçou.
Reivindicações dos bancários
A pauta geral da categoria bancária tem como pontos centrais o reajuste de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e vales-alimentação e refeição maiores.
Já entre os itens específicos da Caixa, destacam-se: contratação de mais empregados; fim do GDP; combate ao assédio moral; fim das metas abusivas; garantia do Saúde Caixa na aposentadoria, inclusive os que saíram pelo PADV; fim do voto de Minerva na Funcef; imediata incorporação do REB ao Novo Plano; fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras; e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos os admitidos a partir de 1998.
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