Perdas para bancários, fortunas para executivos
Bancos querem economizar às custas dos trabalhadores, propondo perda real, para pagar cada vez mais a seus executivos
Ficar na linha de frente, suar a camisa para atender cliente, fechar o caixa, vender produto. Ouvir reclamações, muitas vezes grosserias, suportar assédio moral. Ver colegas valorosos serem demitidos, aguentar sobrecarga de trabalho, as metas que só aumentam, o quadro de empregados que só diminui. Ser chamado de colaborador, ver o lucro da instituição crescer ano a ano, sem o devido retorno para quem faz o trabalho duro do dia a dia. Quem conhece, já sabe... Vida de bancário não é fácil!
A vergonhosa proposta apresentada pelos bancos quer impor perdas de 4% a esses trabalhadores, e nem traz respostas para questões fundamentais como a manutenção dos empregos e melhorias nas condições de trabalho, com o combate às metas que adoecem, ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades.
Enquanto tentam economizar às custas dos bancários, os bancos seguem pagando fortunas aos seus altos executivos (veja quadro abaixo).
Exploração não tem perdão! Esse é o mote da Campanha Nacional Unificada 2015 e os bancários não vão deixar barato. Ou alguém acha justo, perdoável, um bancário (piso salarial) ter de trabalhar 17,5 anos para ganhar o que um executivo do banco recebe em um mês?!?!
Nem pra uma coxinha - A proposta da Fenaban de 5,5% de reajuste para os vales não cobre a inflação da alimentação fora de casa (10,56%), nem da refeição no domicílio (10,72%). Com esse reajuste de fome, o vale-refeição aumentaria apenas R$ 1,43 (não dá nem para uma coxinha), passando dos atuais R$ 26 por dia para R$ 27,43. Hoje o valor médio de uma refeição na rua é R$ 33,16.
Proposta com perdas vai levar bancários à greve
Para o vale-alimentação e a 13ª cesta, a proposta representa aumento de somente R$ 23,71: iria de R$ 431,16 mensais para R$ 454,87.
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