Luta heroica, unidade e determinação mantiveram as nossas conquistas

Campo Mourão/PR

Luta heroica, unidade e determinação mantiveram as nossas conquistas
A Campanha Nacional dos Bancários 2015 começou com a análise de que teríamos pela frente um ano difícil: Congresso Nacional inimigo dos trabalhadores, mídia golpista ampliando uma crise política para transformá-la numa crise econômica e desestabilizar o governo recém-eleito, setores da classe média articulando movimentos de rua para derrubar o governo, inflação em alta batendo nos 9,88% na nossa data-base, desemprego aumentando, um dos grandes bancos sendo vendido, em suma, indicadores de um ano difícil.

Entretanto, os balanços dos bancos desde o primeiro trimestre apontavam que não haveria crise no setor e os números dos trimestres seguintes confirmaram isso. Os bancos apresentavam os maiores lucros da sua história. Os cinco maiores lucraram mais de R$36 bilhões no primeiro semestre do ano, com um crescimento no lucro de 27%, sobre o igual período de 2014. Os ganhos de tesouraria e as altas taxas de juros garantiram este crescimento.

Os rituais de nossa construção da Minuta, da mídia da Campanha, da Estratégia e da Mobilização da categoria foram iniciados. Debates e conferências nos sindicatos, nas federações e, por fim, a 17ª Conferência Nacional dos Bancários, para fechar as nossas reivindicações. Além de uma Minuta completa e abrangente com 129 reivindicações, decidimos reivindicar um reajuste de 16% composto pela inflação mais um ganho real de 5,7%. Entregamos a Minuta de Reivindicações para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em 11 de agosto e nos prontificamos a iniciar rodadas de negociação. Os bancários estavam animados.

Foram cinco rodadas de negociação. Nelas, emprego, saúde, condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e remuneração foram profundamente debatidos e reivindicados.

Finalmente, em 25 de setembro, veio a proposta geral e desrespeitosa: 5,5% de reajuste nos pisos e verbas e mais um abono de R$2.500,00. Em tese, a proposta reduzia os salários em 4,15% e estava sendo feita pelo setor econômico que mais ganhou dinheiro nos últimos anos.

Indignado, o Comando Nacional avisou que levaria a proposta para as assembleias unificadas, que seriam realizadas em 1º de outubro, mas que indicaria a sua recusa e a consequente deflagração de greve geral se não fosse reconsiderada.

Fonte: Contraf-CUT

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