Bancários da Caixa foram às ruas contra a extrapolação de jornada

Bancários da Caixa foram às ruas contra a extrapolação de jornada


Os empregados da Caixa Econômica Federal foram às ruas hoje, 4 de abril, contra a extrapolação da jornada e do trabalho gratuito na Caixa. Além de fazer protestos, o objetivo é conscientizar os trabalhadores para o registro correto do ponto.

\\\\\\\"O excesso da jornada coloca em risco a saúde do trabalhador e também o expõe a erros pela carga exaustiva de trabalho, comprometendo a segurança das unidades espalhadas pelo país. A solução desse problema passa, sem dúvida, pelo cumprimento da jornada de trabalho de seis horas diárias, observado o máximo de 30 horas semanais\\\\\\\", destaca o manifesto.

Seja qual for a circunstância, os empregados não são obrigados a trabalhar além da jornada para a qual foram contratados, e tampouco sem o registro correto de tais horas no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).

\\\\\\\"Por isso, é necessário que os trabalhadores marquem corretamente a jornada no Sipon, inclusive as horas extras, de modo que o trabalhador possa ter a garantir de receber pelas horas efetivamente trabalhadas\\\\\\\", afirma Zelário Bremm, funcionário da Caixa e diretor do Pactu em Toledo. Os bancários devem denunciar, caso sintam-se pressionados a cumprir jornadas extenuantes ou sem o devido pagamento.

Zelário ressaltou ainda que só a mobilização dos trabalhadores fará com que a direção da Caixa tome medidas eficazes contra a extrapolação da jornada e contra o trabalho gratuito.
Pactu: os Sindicatos do Pactu estiveram em frente de algumas agências conversando com os clientes e distribuindo panfleto, o qual fala da importância da Caixa e seus funcionários para os investimentos social e econômico que o Brasil teve nos últimos anos, destaca também a necessidade de a direção da Caixa valorizar mais seus funcionários respeitando a jornada de 6 horas. Abaixo o teor do panfleto utilizado para dialogar com os clientes e usuários da Caixa na manifestação de hoje.


Dia Nacional de Luta contra o Trabalho Gratuito na Caixa

Você trabalharia de graça? Acho que não. Os funcionários da Caixa também não.


O Brasil mudou e melhorou muito. O Bolsa Família tirou milhões da miséria e da fome. As obras do PAC geram milhares de empregos em obras necessárias para o desenvolvimento do país, como rodovias, portos, aeroportos e usinas hidrelétricas. Outros milhares, finalmente, realizam o sonho da casa própria, através do programa Minha Casa, Minha Vida. E todos os programas acima passam pela Caixa Econômica Federal. Sem contar, é claro, a gestão do FGTS.


Tudo isto aumentou de maneira considerável o volume de trabalho dos empregados da Caixa. Porém, o número de funcionários não aumentou na mesma proporção. A rotina é de muito trabalho e de muitas horas extras sem o devido pagamento, num total desrespeito à jornada de seis horas, prevista em Lei.


As consequências da carência de pessoal são previsíveis. Para os clientes e usuários, longas filas e demora no atendimento. Para os funcionários, a sobrecarga de trabalho oferece riscos para saúde e aumento no número de erros, comprometendo a segurança da Caixa e dos próprios empregados. Para piorar, gestores da Caixa em todo o Brasil, obrigam os funcionários a trabalharem além da jornada e a fraudar o ponto eletrônico.


Trabalhar de graça, não! Queremos respeito à jornada e a contratação de mais trabalhadores.

 


 

Fonte: Contraf-CUT e Pactu

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