PDG não pode ser ferramenta de assédio e cobrança de metas
PACTU
São Paulo – O Banco do Brasil anunciou, no dia 3 de janeiro, a ampliação e remodelação do Programa Extraordinário de Desempenho Gratificado (PDG), com integração do Programa de Ascensão Profissional, que agora, além dos gerentes, abrange todo o funcionalismo do banco, incluídos caixas, escriturários e assistentes. O Sindicato alerta que o novo formato de “premiação” não pode ser utilizado como ferramenta para cobrança de metas e assédio moral.
“O programa pode se tornar um precedente para cobrança de metas em relação à venda de produtos por caixas e escriturários, que no entendimento do movimento sindical devem se concentrar nas atribuições de suas funções. Preocupa-nos que na ânsia de bater a meta e receber premiações, gerentes assediem moralmente esses profissionais e imponham aos mesmos metas para vendas de produtos, aumentando ainda mais o percentual de adoecimento dos bancários”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário do BB, Willame Lavor, reforçando ainda que o teto para premiação estabelecido pelo banco é de apenas 30% do funcionalismo da instituição.
O dirigente lembra que o BB havia afirmado que os caixas não são obrigados a vender produtos, que essa seria uma atribuição facultativa, mas o Sindicato tem recebido denúncias de que estes profissionais estão sendo pressionados para acumular a função. “O Sindicato tem a posição, já informada ao banco, de que o caixa deve se concentrar nas suas atribuições, e não em vendas. Se vai acumular a função, essa deve ser uma decisão exclusiva do bancário. Com o novo PDG, ao invés de ser uma atribuição facultativa como o banco alegava, abre-se precedente para a cobrança de metas.”
“Cobramos garantias do BB de que o novo modelo de premiação não se transforme em ferramenta para cobrança de metas em relação aos caixas e escriturários. Além disso, reivindicamos abertura de negociação com o movimento sindical para que sejam esclarecidos diversos pontos do novo PDG”, conclui Willame Lavor.
Denuncie – Caixas e escriturários que forem pressionados a vender produtos devem denunciar ao Sindicato por meio do site pactu, que tem menu apropriado à denuncia com a garantia do sigilo e de providências a serem tomadas.
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