HSBC frustra bancários em negociação sobre emprego e remuneração

HSBC frustra bancários em negociação sobre emprego e remuneração
  
 A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta segunda-feira (4), na sede da Confederação, em São Paulo, o processo de negociação permanente com o HSBC. Na pauta estiveram temas como emprego, previdência complementar e o não desconto dos programas próprios de remuneração (PPR/PSV) na PLR. 

"O movimento sindical apresentou propostas, mas o banco inglês não avançou nas negociações. Mais uma vez, as entidades sindicais têm suas reivindicações frustradas, o que irá aumentar o clima de insatisfação dos bancários", alerta Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e funcionário do banco. 

Emprego

Na pauta do emprego, o banco respondeu negativamente em relação à reposição e contratação de novos funcionários, principalmente na área de atendimento. Além disso, o banco apresentou ao movimento sindical o projeto piloto da máquina assistente de caixa, que está sendo implementado em Curitiba e São Paulo. 

"Na visão do banco as máquinas irão facilitar o trabalho dos caixas, porém essa tecnologia não repõe a força de trabalho e nem justifica a falta de funcionários. Os sindicatos irão monitorar o processo para que as máquinas não diminuam os postos de trabalho", afirma o diretor da Contraf-CUT. 

Outro ponto questionado pelos bancários foi o grande volume de demissões das pessoas com deficiência. "A resposta do banco é que as demissões ocorreram por conta da baixa performance e, além disso, alegou que está acima da cota obrigatória exigida para pessoas com deficiência", ressalta Alan. 

Remuneração

O banco informou também que manterá a política o desconto do PPR B e D na PLR dos bancários. "O desconto continuará afetando diretamente a área de serviços e retaguarda. Queremos o não desconto para todos", critica Alan. 

Mais frustração: previdência complementar

No item previdência complementar, os representantes do HSBC afirmaram que estão aguardando uma série de informações solicitadas internamente para dar sequência ao debate. O banco disse que o novo benefício apresentado unilateralmente para os que têm renda superior a R$ 3.500 não é uma forma de segregação dos demais funcionários. 

Para as entidades sindicais, essa é uma forma de segregação sim. "O banco implementa de forma unilateral um plano que não atende a categoria. A Contraf-CUT irá solicitar ao banco uma série de informações nos próximos 15 dias para que possamos ter uma negociação efetiva sobre o plano de previdência complementar do HSBC", adianta Alan. 

Saúde

O HSBC se comprometeu em reativar o grupo de trabalho para discussão da saúde do trabalhador.

Fonte: Contraf-CUT

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