Taxa de desemprego estabiliza em alta e informalidade bate novo recorde

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Taxa de desemprego estabiliza em alta e informalidade bate novo recorde

Com a economia patinando e o governo Jair Bolsonaro (PSL) sem saber o que fazer para promover o desenvolvimento sustentável, exceto anunciar privatizações e apresentar propostas de retirada de direitos da classe trabalhadora para fazer caixa, além de perder tempo em bates-bocas grosseiros, a taxa de desemprego no Brasil estabilizou em alta em agosto, mas a taxa de informalidade bateu recorde e falta trabalho para quase 28 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto ficou estável e alta, fechou em 11,8%, atingindo 12,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. E para piorar a situação dos brasileiros que tentam se recolocar no mercado de trabalho, a informalidade bateu novo recorde, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto, 38,8 milhões de brasileiros, ou 41,4% da população ocupada, trabalhavam na informalidade, sem direitos. Esta foi a maior proporção de trabalho informal registrada no país desde o golpe de 2016, quando a pesquisa passou a investigar empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ. O  recorde anterior, registrado no trimestre encerrado em julho, foi de 41,3%.

O grupo de trabalhadores informais inclui os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).

Segundo o IBGE, dos 684 mil novos ocupados na comparação com o trimestre encerrado em maio, 87,1% (596 mil) entraram no mercado de trabalho pela via informal. Em 12 meses, 1,4 milhão de pessoas, ou 78,3% dos novos ocupados, ingressaram pela informalidade.

27,8 milhões de brasileiros não tem trabalho ou trabalham menos do que gostariam

A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,3%. Isso significa que ainda falta trabalho para 27,8 milhões de brasileiros, contra 27,4 milhões no mesmo período do ano passado.

Segundo o IBGE, o país ainda tem um total de 4,7 milhões de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego), o que representa uma queda de 3,9% (menos 193 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel e estabilidade na comparação anual.

Já o número de subocupados ficou em 7,2 milhões. O número de pessoas trabalhando menos horas do que gostariam permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mas cresceu 8,5% (ou mais 568 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

Fonte: CUT

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