Caixa não apresenta propostas e Comando orienta intensificar mobilização
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, saiu frustrado nesta sexta-feira (10) da primeira rodada de negociação específica da Campanha 2012 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília. O banco assumiu posição de intransigência e rejeitou a maioria das reivindicações dos empregados, como isonomia de direitos entre novos e antigos, pagamento do ticket alimentação aos aposentados, fim do voto minerva na Funcef e definição de critérios para descomissionamento.
Funcef
Os primeiros pontos discutidos foram relacionados à Funcef. Jair Pedro Ferreira, coordenador nacional da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações, cobrou solução para o contencioso jurídico, problema que vem se agravando a cada dia, por conta do elevado número de ações judiciais contra a Fundação, mas que na verdade são de responsabilidade da patrocinadora, porque foram originados pela política de recursos humanos da Caixa, como a cobrança do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA).
Os representantes dos trabalhadores sugeriram a criação de uma comissão paritária para debater soluções para o contencioso jurídico, proposta que não foi aceita pela empresa. A Caixa também rejeitou a reivindicação para acabar com o voto minerva, que confere à patrocinadora o poder de decidir sobre um assunto em caso de empate na votação entre os integrantes do colegiado. Segundo os representantes da empresa, o voto minerva está previsto em lei e no estatuto da Funcef.
No quesito Funcef, a Caixa concordou apenas com a manutenção da campanha permanente de filiação, que vem sendo realizada conjuntamente com a Fundação e entidades sindicais e associativas.
Isonomia
Os representantes dos empregados cobraram equiparação de direitos de todos empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). A empresa não aceitou a proposta.
Os trabalhadores informaram que neste sábado (10) acontece um encontro nacional, em São Paulo, para discutir uma estratégia de mobilização em torno da luta pela isonomia.
Representante dos empregados no Conselho de Administração
O Comando Nacional cobrou mudança no estatuto da Caixa, que prevê que somente os gestores podem ser candidatos a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da empresa. Segundo os trabalhadores, esse critério é restritivo, excluindo quase 90% dos empregados do processo eleitoral.
Os negociadores da empresa alegaram que essa alteração não foi aprovada pelo Conselho de Administração e que irá levar a reivindicação dos trabalhadores para a direção da Caixa.
Carreira
PSI
Os trabalhadores cobraram ajustes no formato do Processo Seletivo Interno. Eles reconhecem a importância desse instrumento para o encarreiramento, mas reivindicam transparência nos critérios e universalização das participações.
Descomissionamento
A Caixa não deixa claro para os trabalhadores quais os critérios utilizados para descomissionar e essa medida vem sendo feita de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada de função.
Carreira de tecnologia
O Comando Nacional cobrou atenção especial para a área de tecnologia, com a criação de cargos e funções específicas de TI com remuneração compatível com o mercado e outros órgãos públicos, implantação da proposta de carreira de TI que mantenha a possibilidade de 6 horas nas funções técnica e técnico-gerencial e migração para as novas funções sem PSI.
A empresa informou que está desenvolvendo uma proposta de reestruturação da carreira, mas não estabeleceu um prazo para conclusão desse trabalho.
Mais contratações
A Caixa reassumiu o compromisso, firmado no acordo coletivo de 2011, de aumentar seu quadro de pessoal para 92 mil empregados até 31 de dezembro deste ano.
Para o Comando Nacional, o nível de contratações não tem acompanhado o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, gerando sobrecarga de trabalho.
Mobilização
Segundo Jair, que é também vice-presidente da Fenae, diante da intransigência da Caixa a melhor resposta dos trabalhadores é a mobilização.
Os avanços na negociação só virão com a participação dos empregados nas reuniões dos sindicatos e locais de trabalho e o envolvimento com a Campanha Nacional. Os empregados da Caixa, conforme ele, devem somar-se aos demais bancários para, juntos, enfrentar os bancos e arrancar novas conquistas.
A próxima negociação específica com a Caixa ocorrerá na próxima sexta-feira (17), a partir 12h, e terá como pauta Saúde Caixa e saúde do trabalhador.
Fonte: Contraf/CUT e Fenae
Funcef
Os primeiros pontos discutidos foram relacionados à Funcef. Jair Pedro Ferreira, coordenador nacional da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações, cobrou solução para o contencioso jurídico, problema que vem se agravando a cada dia, por conta do elevado número de ações judiciais contra a Fundação, mas que na verdade são de responsabilidade da patrocinadora, porque foram originados pela política de recursos humanos da Caixa, como a cobrança do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA).
Os representantes dos trabalhadores sugeriram a criação de uma comissão paritária para debater soluções para o contencioso jurídico, proposta que não foi aceita pela empresa. A Caixa também rejeitou a reivindicação para acabar com o voto minerva, que confere à patrocinadora o poder de decidir sobre um assunto em caso de empate na votação entre os integrantes do colegiado. Segundo os representantes da empresa, o voto minerva está previsto em lei e no estatuto da Funcef.
No quesito Funcef, a Caixa concordou apenas com a manutenção da campanha permanente de filiação, que vem sendo realizada conjuntamente com a Fundação e entidades sindicais e associativas.
Isonomia
Os representantes dos empregados cobraram equiparação de direitos de todos empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). A empresa não aceitou a proposta.
Os trabalhadores informaram que neste sábado (10) acontece um encontro nacional, em São Paulo, para discutir uma estratégia de mobilização em torno da luta pela isonomia.
Representante dos empregados no Conselho de Administração
O Comando Nacional cobrou mudança no estatuto da Caixa, que prevê que somente os gestores podem ser candidatos a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da empresa. Segundo os trabalhadores, esse critério é restritivo, excluindo quase 90% dos empregados do processo eleitoral.
Os negociadores da empresa alegaram que essa alteração não foi aprovada pelo Conselho de Administração e que irá levar a reivindicação dos trabalhadores para a direção da Caixa.
Carreira
PSI
Os trabalhadores cobraram ajustes no formato do Processo Seletivo Interno. Eles reconhecem a importância desse instrumento para o encarreiramento, mas reivindicam transparência nos critérios e universalização das participações.
Descomissionamento
A Caixa não deixa claro para os trabalhadores quais os critérios utilizados para descomissionar e essa medida vem sendo feita de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada de função.
Carreira de tecnologia
O Comando Nacional cobrou atenção especial para a área de tecnologia, com a criação de cargos e funções específicas de TI com remuneração compatível com o mercado e outros órgãos públicos, implantação da proposta de carreira de TI que mantenha a possibilidade de 6 horas nas funções técnica e técnico-gerencial e migração para as novas funções sem PSI.
A empresa informou que está desenvolvendo uma proposta de reestruturação da carreira, mas não estabeleceu um prazo para conclusão desse trabalho.
Mais contratações
A Caixa reassumiu o compromisso, firmado no acordo coletivo de 2011, de aumentar seu quadro de pessoal para 92 mil empregados até 31 de dezembro deste ano.
Para o Comando Nacional, o nível de contratações não tem acompanhado o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, gerando sobrecarga de trabalho.
Mobilização
Segundo Jair, que é também vice-presidente da Fenae, diante da intransigência da Caixa a melhor resposta dos trabalhadores é a mobilização.
Os avanços na negociação só virão com a participação dos empregados nas reuniões dos sindicatos e locais de trabalho e o envolvimento com a Campanha Nacional. Os empregados da Caixa, conforme ele, devem somar-se aos demais bancários para, juntos, enfrentar os bancos e arrancar novas conquistas.
A próxima negociação específica com a Caixa ocorrerá na próxima sexta-feira (17), a partir 12h, e terá como pauta Saúde Caixa e saúde do trabalhador.
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