Entidades reforçam atuação em defesa dos trabalhadores durante a crise
PACTU
A crise provocada pela pandemia do coronavírus tem levado as entidades de defesa dos trabalhadores a fortalecerem sua atuação, a fim de garantir os direitos adquiridos e o cumprimentos das medidas emergenciais de proteção. Com a mudança de rotina imposta pelo distanciamento social, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), juntamente com as Apcefs, sindicatos, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Comando Nacional dos Bancários, Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e todas as representações redobraram a atenção às reivindicações dos empregados. Os representantes dos trabalhadores lutam para construir protocolos e ações de prevenção à disseminação da doença (COVID-19) e proteger os empregados, os terceirizados e a população que acessa o banco público.
Um comitê de crise foi criado na Fenae para discutir a gestão, funcionamento e atuação da Fundação neste momento. Em reuniões diárias, o comitê, formado por diretores e gestores estratégicos, define as próximas etapas de ação junto às Apcefs, adequações nos programas já existentes e que serão lançados para os associados, além, claro, da atuação em defesa da Caixa. Segundo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, todas as adequações estão sendo feitas para dar continuidade às atividades da Federação. Um exemplo é o relacionamento com o Congresso Nacional. “Estamos dando continuidade as nossas atuações políticas em defesa da Caixa junto ao Congresso e com as entidades. Isso tudo faz parte do nosso trabalho. Até porque as medidas provisórias e as votações continuam", destacou.
Para Ferreira, este é um momento que exige ainda mais atuação das entidades. “Percebe-se que as entidades têm uma importância ainda maior nesse momento. Muito embora você não possa fazer as visitas presenciais e as reuniões como de hábito, conseguimos estabelecer os canais de comunicação e apresentar as reivindicações. Isso tem sido positivo no aspecto de cumprir o papel que as entidades têm e que foram eleitas para isso pelos associados”, defendeu o presidente.
Parceiro importante da Fenae, a Contraf-CUT também tem se adaptado ao distanciamento social. Com reuniões periódicas toda terça-feira, a partir das 11h, por meio de videoconferência, a Confederação traça a estratégia de atuação para a defesa da categoria bancária. Vice-presidente da Fenae e secretário de Finanças da Contraf/CUT, Sérgio Takemoto, afirma que a atuação das entidades tem sido ágil e a resposta disso é a construção do protocolo da Caixa para proteger a vida e a saúde dos terceirizados, bancários e da população que precisa acessar os serviços essenciais da Caixa. "Mesmo em trabalho remoto estamos atentos ao que está ocorrendo e estamos muito preocupados com a situação das filas nas agências. Essa é uma das principais demandas que estamos discutindo agora com a Caixa", afirmou.
CEE/Caixa
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa) estabeleceu um cronograma de reunião todas as terças e quintas ordinariamente para debater a situação dos empregados em todo pais. A Comissão tem feito reivindicações importantes, como o trabalho remoto dos empregados da Caixa e material de proteção aos que estão nas agências.
O Comando Nacional dos Bancários também criou um Comitê de Crise, formado pelo Comando e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que segue em constante comunicação. Além disso, a coordenação do Comando faz videoconferência com cada um dos bancos diariamente. Por fim, as reuniões por videoconferência centralizam os resultados dessas conversas para construir a Política Nacional dos Bancários e o enfrentamento do coronavírus. "É um enfrentamento nunca visto para uma pandemia. Estamos fazendo a ação sindical por telefone, trabalhando pelo WhatsApp, informando, discutindo com os empregados evitando o contato social. Estamos avançando muito e precisamos da conscientização dos empregados para a gente conseguir manter e fortalecer essa união", destacou Dionísio Reis, que faz parte do Comando, coordena a CEE/Caixa, é diretor da Fenae e atua no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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No Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, os e-mails têm sido o caminho para reunir as propostas de cada empresa. A rotina de reunião está sendo adaptada ao trabalho home office. No entanto, as ações estão presentes: “Estamos incentivando as entidades que participam do Comitê a discutirem propostas do seu setor para esse momento de crise. O objetivo é listar essas propostas e organizar em um documento, para entregar ao Congresso Nacional e às diversas autoridades como uma proposta nossa”, afirmou Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional das Empresas Públicas e conselheira representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.
O trabalho ativo das entidades representativas dos trabalhadores permitiu a construção do protocolo de atendimento para os empregados dos bancos, em especial para os trabalhadores da Caixa. Os apelos de forma sistemática a gestão da Caixa permitiu a limitação do atendimento das agências em 30% dos empregados. Os 70% restantes seguem trabalhando em casa, fazendo o revezamento. Também ficou acordado que o atendimento nas agências seria apenas para serviços essenciais, como cadastramento de senha numérica e pagamento de benefícios sem cartão, como abono, INSS, FGTS, seguro desemprego, Bolsa Família e Bolsa Pescador.
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