Banco do Brasil: Rubem Novaes volta a defender privatização
PACTU
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, defendeu novamente a privatização da instituição pública. A declaração foi dada nesta segunda-feira (8) durante audiência virtual que acompanha as ações do Governo Federal no combate da pandemia de Covid-19. Como argumento, disse que o Banco Público deve ter dificuldades em se adaptar aos desafios tecnológicos e de gestão diante das mudanças que o Banco Central (BC) analisa para o setor.
“Apesar de extremamente eficiente, o Banco do Brasil concorre com outros bancos com bolas de chumbo amarradas a seus pés”, declarou, citando os mecanismos de controle ao qual o banco tem que passar.
“Não temos vantagem nenhuma por ser Banco Público e todos os ônus nos prevalece”, disse, referindo-se às amarras de ter que submeter decisões aos órgãos do governo. “Nossa política de RH é travada. Não pode demitir [um mau] funcionário com a mesma facilidade que o banco privado demite e assim por diante”, reclamou, na sequência. “Então, essas coisas todas vão pesando”, completou.
Segundo ele, 50% das ações do banco já são negociadas de forma privada.
Crédito
Ao ser questionado pelo deputado Francisco Jr. (PSD-GO) os motivos da pouca oferta de crédito bem como das linhas de capital de giro não chegarem às empresas, Novaes respondeu que os bancos estão com dificuldades para atender todos os pedidos por conta da demanda.
“O Banco do Brasil agiu no sentido de dar mais liquidez no sistema bancário. Acontece que o aumento da demanda de crédito foi de tal ordem que está tendo a sensação de empoçamento, enquanto os bancos estão agindo”, disse. “Estamos trabalhando dentro do limite. Não temos problema de liquidez”.
Na videoconferência com membros do Senado, Novaes disse que o Banco do Brasil já desembolsou R$ 136,8 bilhões em operações de crédito desde o início da crise provocada pelo novo coronavírus, sendo que do montante liberado, R$ 80 bilhões foram destinados a empresas; R$ 33,3 bilhões para pessoas físicas e R$ 23 bilhões para o agronegócio.
Segundo ele, o Banco tem funcionado com 98% das agências abertas.
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