Bolsonaro mente em discurso da ONU e fala em 1 mil dólares de auxílio-emergencial

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Bolsonaro mente em discurso da ONU e fala em 1 mil dólares de auxílio-emergencial

Além dessa mentira em discurso internacional, Bolsonaro ainda disse que a responsabilidade pelos incêndios nas florestas brasileiras é "do caboclo e do índio que queimam a mata para poder sobreviver"

 

Em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU realizado há pouco, o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), fez rasgados autoelogios à condução de suas políticas públicas durante a pandemia do Coronavírus. Disse que enfrentou o problema com coragem, não aceitando o discurso “do fique em casa e deixe a economia para depois”. E no meio dessa ladainha vexatória para um país que está em terceiro lugar em número de mortos no mundo, acrescentou que concedeu auxílio-emergencial de aproximadamente “1 mil dólares para 65 milhões de famílias”.

O valor de hoje do dólar é de R$ 5,42. Ou seja, cada família teria de ter recebido em média R$ 5.420 do governo para se ter o valor que Bolsonaro afirmou ter concedido. De maneira marota, o presidente do Brasil não disse se esse valor era mensal ou total. Mesmo sendo um valor total do auxílio, até o momento foram pagos 4 parcelas de 600 ou 1.200. Mesmo que todos os beneficiários tivessem recebido os R$ 1.200 (e só aproximadamente 20% receberam isso) o valor total seria de R$ 4.800. A verdade é que a média total dos pagamentos não chega sequer a 500 dólares.

Além dessa mentira em discurso internacional, Bolsonaro ainda disse que a responsabilidade pelos incêndios nas florestas brasileiras é “do caboclo e do índio que queimam a mata para poder sobreviver”. E que “o nosso Pantanal com área maior do que muitos países europeus sofre dos mesmos problemas da Califórnia”.

Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil sofreu um ataque no ano passado pelo derramamento de óleo da Venezuela no Nordeste e que o Brasil é um exemplo em direitos humanos por receber 4 mil venezuelanos oriundos da ditadura bolivariana.

Nos momentos finais do discurso, registrou que é contra a Cristofobia (sem obviamente explicar o que é isso) e que o Brasil é um país cristão e conservador.

Quando você acha que não há mais como passar vexame maior, eis que Bolsonaro se supera. Aos olhos do mundo estamos reforçando a visão de que nos tornamos um talibanato tupiniquim.

 

 

 

 

Fonte: Revista Forum

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