Bancários protestam contra práticas antissindicais e discriminações do BB
Os sindicatos promoveram nesta quarta-feira (28) um Dia Nacional de Luta contra as práticas antissindicais e as discriminação pós-campanha nacional promovidas pelo Banco do Brasil em relação aos bancários que exerceram o seu legítimo direito de greve.
Houve protestos, manifestações e paralisações em várias capitais e cidades do país, com distribuição da carta aberta aos trabalhadores do banco e aos clientes elaborada pela Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Clique aqui para ler a carta aberta.
"Mostramos um pouco da enorme indignação com as perseguições do BB contra os trabalhadores que fizeram a greve", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Vamos continuar lutando para combater e eliminar essas práticas ilegais que atentam contra a imagem de um banco público", destaca.
O Sindicato dos Bancários de Brasília também entregou nesta quarta-feira uma carta à presidente Dilma Roussef, expressando preocupação com as mudanças promovidas pelo BB nas relações de trabalho com seus funcionários.
Clique aqui para ler a carta para Dilma.
"Frustra-nos dizer que essa gestão, formada em sua maioria absoluta por funcionários de carreira, rapidamente se encarregou de desconstruir não só as conquistas da campanha salarial de 2012, mas, principalmente, de reeditar práticas da administração pública neoliberal de governos anteriores", afirma o presidente em exercício do Sindicato, Eduardo Araújo de Souza, que assina a carta.
Próximos passos
A Contraf-CUT entrou no último dia 5 com uma representação contra o BB no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília. Uma audiência foi agendada para a próxima segunda-feira, dia 3 de dezembro.
Além disso, a Contraf-CUT junto com outras entidades denunciou o BB em reunião realizada no dia 14 com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, em Brasília. Houve entrega de três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.
Banco viola acordo
Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição.
"Mas o banco vem extrapolando o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva e soltou instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos bancários que já estavam pré-agendadas", denuncia William.
Pactu participou
Os sindicatos do Pactu também participaram, com realização de manifestações em Campo Mourão e Umuarama.
Luiz Marcelo Legnani, presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e funcionário do Banco do Brasil, lembrou que a greve é um direito constitucional e os bancários têm exercido este direito dentro dos limites da lei. "A direção do BB deveria parar para refletir e entender que a adesão maciça de seus funcionários ao movimento grevista é mais um sintoma de que o clima das agências está ficando insuportável, como resultado das metas abusivas e do assédio moral. A perseguição e a discriminação não vai resolver nada e ainda vai piorar aquilo que já está bastante ruim", concluiu o dirigente.
Clique aqui para ver as fotos da atividade
Fonte: Contraf/CUT e Pactu
Houve protestos, manifestações e paralisações em várias capitais e cidades do país, com distribuição da carta aberta aos trabalhadores do banco e aos clientes elaborada pela Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
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"Mostramos um pouco da enorme indignação com as perseguições do BB contra os trabalhadores que fizeram a greve", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Vamos continuar lutando para combater e eliminar essas práticas ilegais que atentam contra a imagem de um banco público", destaca.
O Sindicato dos Bancários de Brasília também entregou nesta quarta-feira uma carta à presidente Dilma Roussef, expressando preocupação com as mudanças promovidas pelo BB nas relações de trabalho com seus funcionários.
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"Frustra-nos dizer que essa gestão, formada em sua maioria absoluta por funcionários de carreira, rapidamente se encarregou de desconstruir não só as conquistas da campanha salarial de 2012, mas, principalmente, de reeditar práticas da administração pública neoliberal de governos anteriores", afirma o presidente em exercício do Sindicato, Eduardo Araújo de Souza, que assina a carta.
Próximos passos
A Contraf-CUT entrou no último dia 5 com uma representação contra o BB no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília. Uma audiência foi agendada para a próxima segunda-feira, dia 3 de dezembro.
Além disso, a Contraf-CUT junto com outras entidades denunciou o BB em reunião realizada no dia 14 com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, em Brasília. Houve entrega de três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.
Banco viola acordo
Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição.
"Mas o banco vem extrapolando o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva e soltou instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos bancários que já estavam pré-agendadas", denuncia William.
Pactu participou
Os sindicatos do Pactu também participaram, com realização de manifestações em Campo Mourão e Umuarama.
Luiz Marcelo Legnani, presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e funcionário do Banco do Brasil, lembrou que a greve é um direito constitucional e os bancários têm exercido este direito dentro dos limites da lei. "A direção do BB deveria parar para refletir e entender que a adesão maciça de seus funcionários ao movimento grevista é mais um sintoma de que o clima das agências está ficando insuportável, como resultado das metas abusivas e do assédio moral. A perseguição e a discriminação não vai resolver nada e ainda vai piorar aquilo que já está bastante ruim", concluiu o dirigente.
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