Contraf-CUT, em parceria com Dieese, conclui 7º curso de formação sindical

Contraf-CUT, em parceria com Dieese, conclui 7º curso de formação sindical
A Contraf-CUT, em parceria com o Dieese, finalizou na última sexta-feira (7) o terceiro e último módulo do curso de formação sindical, iniciado na segunda-feira (3), voltado para entidades sindicais filiadas à confederação e realizado no Hotel Atibainha, no interior de São Paulo. O primeiro módulo do curso aconteceu entre 22 e 26 de outubro; o segundo, entre 5 e 9 de novembro.

Paulo Claviço, dirigente do Pactu em Umuarama, participou dos três módulos do curso.

O curso é um Programa de Capacitação de Dirigentes e Assessores (PCDA), intitulado "Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro". Ele é dividido em três módulos de cinco dias cada. Esta foi a sétima turma do curso, que já percorreu todas as regiões do país e agora começou uma nova fase em São Paulo.

"Nosso objetivo é garantir que cada curso traga subsídios para dirigentes e assessores sindicais, de modo a enfrentar os desafios e qualificar a ação sindical", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT.

Participaram dirigentes sindicais e assessores de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amapá, Pará, Alagoas, Brasília, Paraná, São Paulo, Belo Horizonte e Ceará. "Das sete turmas que tivemos esta foi a maior, o que nos colocou grandes desafios pedagógicos e também logísticos", afirma Regina Camargo, economista do Dieese da Subseção Contraf-CUT e uma das coordenadoras do curso.

"A composição desta turma foi bastante diversificada, tanto em relação à origem das pessoas quanto em relação ao tempo de atuação sindical dos participantes. Isso proporcionou uma troca de experiências e uma convivência muito rica, fatores que também são importantes no processo de formação sindical", ressalta Regina.

Palestra da Fenaban

Pela primeira vez compareceu a um curso de formação da Contraf-CUT o coordenador da mesa de negociação da Fenaban, Magnus Apostólico, que fez uma palestra sobre negociação coletiva no setor bancário. Os participantes tiveram a oportunidade de ver pontos de vista diferentes, como do diretor da Fenaban.

Também fizeram palestras o ex-assessor e economista Wilson Amorin, que por muitos anos assessorou a antiga CNB-CUT - que originou a Contraf-CUT - nos primeiros anos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, mostrando a força da unidade e da mobilização da categoria.

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Na segunda-feira pela manhã houve a apresentação dos trabalhos elaborados pelos grupos no segundo módulo do curso. Pela tarde, houve debate sobre o emprego no setor bancário. Os resultados da 14ª Pesquisa de Emprego Bancário, feita com base nos dados do Caged e divulgada pela Contraf-CUT e Dieese, revelaram que a rotatividade continua rebaixando os salários nos bancos.

No primeiro semestre deste ano, os bancos contrataram 23.336 empregados e desligaram 20.986, gerando apenas 2.350 novos postos de trabalho, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas.

A remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados de R$ 4.193,22, o que significa uma diferença de 35,40%. Já na economia brasileira, como um todo, a diferença entre a média salarial dos contratados foi 7% inferior a dos demitidos.

Na terça-feira pela manhã houve discussão sobre remuneração e PLR. De acordo com dados do Dieese, a parte variável na remuneração total do bancário está tomando proporções cada vez maiores. Em 1995, quando os bancários conquistaram pela primeira vez a PLR, o percentual variável era de 5,4%. Em 2011, aumentou para 14,5%.

"O novo modelo de negócios dos bancos, resultado da reestruturação produtiva dos anos 1990, está focado na venda de produtos. Mudou a composição da remuneração dos bancários, com a ampliação da remuneração variável nos últimos 15 anos", ressalta William. "Esta é uma das grandes preocupações do movimento sindical, porque tem um impacto na carreira futura e particularmente na aposentadoria, onde apenas se calcula a parte fixa", afirma o dirigente da Contraf-CUT.

Sobre a PLR, os bancários têm melhorado significativamente tanto os valores como os modelos de distribuição. "
Fonte: Contraf/CUT

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