Após muitas reivindicações, enfim a Caixa reabre o Saúde Caixa e cumpre o ACT

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Após muitas reivindicações, enfim a Caixa reabre o Saúde Caixa e cumpre o ACT

Conquista dos empregados foi aprovada durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2020 e após longa negociação com a gestão do banco

Uma das maiores conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2020, enfim a direção da Caixa, a partir de sexta-feira (08), vai reabrir o Saúde Caixa para todos os empregados. O Saúde Caixa para Todos está no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e desde o fim das negociações as entidades que representam os empregados e o movimento sindical reivindicam a inclusão dos trabalhadores que estavam fora do plano. A demanda já era antiga dos trabalhadores, desde 31 de agosto de 2018, quando os novos contratados não foram inseridos no plano de assistência à saúde. Cerca de 10 mil empregados devem entrar no Saúde Caixa.

O cenário de pandemia estava deixando os empregados que estão fora do Saúde Caixa apreensivos e a gestão da Caixa estava excluindo os trabalhadores do plano de assistência à saúde. A taxa de contaminação voltou a crescer no país e chegou ao total de 199.043 óbitos desde o começo da pandemia. Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal apresentaram alta na média móvel de mortes.

A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também integra o Grupo de Trabalho - Saúde Caixa, reafirmou que a inclusão de todos os empregados no plano é uma conquista dos empregados e não uma ação feita pela Caixa.

“A inclusão dos empregados é uma conquista do acordo coletivo e foi um tema muito debatido na Campanha Nacional. A Caixa demorou muito para incluir os colegas, até porque nós da CEE e movimento sindical estávamos cobrando essa demanda desde o ano passado. Se somente agora a SEST autorizou, a Caixa não deveria ter negociado sem ter as convicções de que seria possível colocar todos no Saúde Caixa”, afirmou a coordenadora.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto destacou que a Caixa deixou os empregados fora do plano nos períodos mais difíceis da pademia. Para ele, o banco está cumprindo o que foi negociado. " Queremos que a gestão da Caixa respeite nosso trabalho e dissemos não ao tratamento diferenciado à saúde dos empregados. Os empregos que estão trabalhando com sobrecarga, metas desumanas e jornadas extensas não podem ficar também sem o Saúde Caixa. Enfim, essa gestão está cumprindo o acordo coletivo", afirmou.

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a inclusão dos empregados só foi possível após a autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).

Cobranças para a inclusão

O acordo do novo plano de saúde manteve os princípios de pacto intergeracional, solidariedade e mutualismo e a inclusão dos novos contratados que entraram após 31 de agosto de 2018, principalmente dos PcDs. Com a entrada de todos os trabalhadores no plano, a modalidade de reembolso seria extinta.

Ainda em setembro de 2020, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou um ofício à Caixa solicitando agilidade no processamento de inclusões dos empregados. A gestão do banco respondeu que havia um impasse junto a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) para que a ação acontecesse.

Desde então a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), com o apoio dos movimentos sindicais e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) cobram o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Fonte: FENAE

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