Vereadores assinam moção contra o plano de reestruturação do BB

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Vereadores assinam moção contra o plano de reestruturação do BB
Foto: Ricardo Trindade/OBemdito

Representantes do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região estiveram na sessão da semana passada

Nesta segunda-feira (19) os vereadores de Umuarama aprovaram e assinaram uma moção de apelo aos deputados federais do Paraná, Ministério da Economia e presidência do Banco do Brasil contra a reestruturação anunciada pela instituição em janeiro deste ano.

Representantes do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região estiveram presentes na sessão da segunda passada (12) explicando os porquês da contrariedade ao plano, que, entre outros, prevê o desligamento de mais de 5 mil funcionários e funcionárias, o fechamento de mais de 100 agências, a transformação de mais de 200 agências em postos de atendimento e a extinção da função de Caixa.

Edilson José Gabriel, diretor de Imprensa e Comunicação do Sindicato, durante sua fala destacou o papel do Banco do Brasil na economia brasileira, principalmente no financiamento da agricultura e, particularmente, da agricultura familiar.

Os vereadores entenderam, a exemplo do sindicato, que mesmo que a reestruturação não tenha afetado diretamente Umuarama, com exceção da extinção da função caixa, tais medidas resultarão em inúmeras consequências negativas.

Desta forma, a moção a ser remetida com algumas reivindicações.

Leia a íntegra do documento que foi assinada por todos os vereadores:

MOÇÃO DE APELO

Os vereadores e vereadoras do município de Umuarama-PR dirigem a presente Moção, de maneira muito respeitosa, aos deputados federais do estado do Paraná, à Presidência do Banco do Brasil e ao Ministério da Economia.

A Câmara de Vereadores de Umuarama tomou conhecimento de que o Banco do Brasil lançou, em 11/01 deste ano, um Plano de Reestruturação que, entre outras medidas, determinou:

– o desligamento, sem reposição, de mais de 5 mil funcionários e funcionárias

– o fechamento de mais de 100 agências

– a transformação de mais de 200 agências em postos de atendimento

– a extinção da função de Caixa, com o consequente rebaixamento salarial de centenas de funcionários e funcionárias

Embora as medidas não tenham afetado diretamente o município de Umuarama (com exceção, é claro, da extinção da função de Caixa), manifestamos, através desta Moção, nossa preocupação em relação aos motivos e às consequências do Plano implementando pelo Banco do Brasil.

O Banco do Brasil é a maior instituição financeira do país e responde por mais de 60% do crédito para a agricultura e mais de 70% do crédito para a agricultura familiar. Não temos dúvidas de que o Banco do Brasil, em conjunto com a Caixa Econômica Federal e BNDES, foi essencial para retardar e amenizar os efeitos da crise econômica mundial desencadeada em 2008, a partir da quebra do Banco Leman Brothers, nos Estados Unidos. Ao manter e ampliar a oferta de crédito, o BB demonstrou o quanto é importante que o governo disponha do controle de um banco para enfrentar as recorrentes crises do sistema financeiro mundial.

 

Diante do exposto, manifestamos nossa discordância com as medidas do Plano de Reestruturação do Banco do Brasil. Ao nosso ver, ao invés de fortalecer a bicentenária instituição, ela fragiliza o banco e abre caminho para a mais indesejável de todas as medidas: a sua privatização.

Por isso, através desta Moção de Apelo, pedimos:

– a realização urgente de concurso público, a fim de repor os funcionários desligados

– o cancelamento do fechamento de agências e a revisão dos critérios que determinaram a transformação de agências em postos de atendimento

– a revogação da medida que determinou o injusto e ilegal rebaixamento salarial de centenas de funcionários e funcionárias do banco

– a abertura de negociações com os representantes dos sindicatos, pelo menos em relação às medidas que afetam o cotidiano dos bancários e bancários do Banco do Brasil

– o debate transparente, no Congresso e com toda sociedade, sobre o projeto do governo e da direção do banco para o futuro do Banco do Brasil

 

Fonte: OBendito

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