Com lucro de R$ 62 bi, rentabilidade dos bancos volta ao patamar pré-pandemia
PACTU
Ainda segundo relatório do Banco Central, os bancos privados aceleraram acima de 20% o ritmo das concessões de crédito ao longo do primeiro semestre de 2021, também superando o nível observado no período pré-crise
O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (18/10) novo Relatório de Estabilidade Financeira (REF) que aponta que os bancos lucraram R$ 62 bilhões no 1º semestre de 2021, após queda no lucro líquido de 26% em 2020. Com volume 53% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, após queda significativa no primeiro semestre, "a rentabilidade do sistema recuperou-se e retornou aos níveis pré-pandemia".
"As despesas com provisões (reserva para cobrir calotes) se reduziram e devem se estabilizar próximo dos patamares atuais", afirma o documento. De acordo com o estudo, os resultados tendem a seguir melhorando com o avanço da campanha de vacinação, mas as incertezas do atual momento econômico seguem acima do usual. “Uma recuperação mais lenta da atividade pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente", diz a nota do BC.
Ainda segundo a análise, os bancos privados aceleraram acima de 20% o ritmo das concessões de crédito ao longo do primeiro semestre de 2021, também superando o nível observado no período pré-crise. “As concessões de crédito mensais feitas pelos bancos privados, considerando valores deflacionados e dessazonalizados, aumentaram no primeiro semestre e alcançaram R$ 350 bilhões em junho de 2021”, informa a autoridade monetária.
O documento da autarquia também traz previsões sobre o futuro dos lucros dos bancos caso seja aprovada a reforma tributária. Para o BC, a redução das alíquotas de tributos sobre lucros impactará negativamente no curto prazo, mas “será benéfica no longo prazo”. Ainda segundo a análise, as receitas de serviços deverão continuar se recuperando, e os custos deverão seguir sob controle. "Desde meados de 2020, as rendas com serviço vêm se recuperando do impacto da pandemia de forma consistente. No curto prazo, a demanda por serviços bancários deve continuar se beneficiando da melhora da atividade econômica", pontua o relatório.
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