Contraf-CUT critica truculência do BB e reivindica mudança no uso de folgas
A Contraf-CUT entrou em contato com a Direção de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) do Banco do Brasil nesta segunda-feira 18 para reivindicar que o BB solte nova instrução revendo normativo interno mandando seus administradores zerarem os saldos de folgas de seus subordinados. A Contraf-CUT cobra do banco tratamento diferenciado em relação às folgas adquiridas pela Justiça Eleitoral.
A legislação não confere à empresa o direito de ela escolher quando o trabalhador irá utilizar as folgas por atender convocação da Justiça Eleitoral.
"A Direção de Pessoas do BB continua demonstrando sua incapacidade de gerenciar recursos humanos e a falta de diálogo com os funcionários e suas entidades sindicais", critica William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
A Contraf-CUT informa que, se por um lado o banco pode solicitar que as folgas adquiridas em trabalhos extraordinários na empresa sejam utilizadas em descanso, e o banco deixou aberta a possibilidade de vendas até pouco tempo atrás, por outro as folgas adquiridas pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral não podem ter o mesmo tratamento.
Porém, conforme previsto no Inciso III do Parágrafo 1º da cláusula 38 do Acordo Coletivo de Trabalho, mesmo quando o bancário não "zerar" o saldo e o banco quiser converter em espécie de forma automática, terá que perguntar ao bancário se ele concorda: "facultando aos funcionários, por meio de transação estruturada no sistema, com divulgação nos canais de comunicação do BB, a oportunidade de manifestar recusa quanto à referida conversão".
BB Convoca bancário em dia não-útil, depois o destrata
"Aliás, a truculência do BB deve servir de aprendizado aos milhares de bancários que vez por outra são convocados para trabalhar em dias não úteis com promessas de que depois poderão utilizar as folgas para emendar algum feriado ou férias. Agora eles estão vendo como a direção da empresa trata com total desrespeito aos que atenderam ao pedido do banco quando este precisou" avisa o dirigente.
A Contraf-CUT alerta aos sindicatos e aos bancários que estão sofrendo pressão de seus administradores para utilizarem as folgas da Justiça Eleitoral que não aceitem a imposição. O banco não poderá convertê-las em espécie, caso ele queira fazer isso com as outras folgas não utilizadas pelos trabalhadores.
Histórico do saldo de folgas
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