Vamos ao enfrentamento se não houver diálogo com governo, alerta CUT
Mais uma vez o recado foi dado. Da mesma forma que aconteceu em Brasília, no dia 6 de março, os trabalhadores foram às ruas em todo o Brasil nessa quinta-feira (18) para relembrar ao governo federal e ao Congresso Nacional sobre a pauta da classe trabalhadora ainda travada no Executivo e no Legislativo.
Em São Paulo, a manifestação ocorreu no centro da capital paulista e o presidente da CUT, Vagner Freitas, apontou novamente o descontentamento com a falta de diálogo.
"Desde que fomos até Brasília não aconteceu nada. Só receber pauta e não abrir negociação não resolve nada. Presidenta Dilma, vamos orientar os ministros a abrir negociação. Volto à pergunta: se pode ter desenvolvimento para vários setores da economia, por que não pode ter redução da jornada, reforma agrária, fim do fator previdenciário e 10% do PIB para a educação?", questionou Freitas.
Como outros dirigentes da CUT presentes na mobilização, ele destacou a necessidade de barrar o substitutivo do deputado Roberto Santiago (PSD-SP) ao Projeto de Lei (PL) 4320/2004, de Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e torna a precarização das relações trabalhistas um grande negócio para o patrão.
"Em 2013, quando comemoramos os 70 anos da CLT, esse PL arrebenta com o direito de organização dos trabalhadores e vai transformar todos em pessoa jurídica ou prestador de serviço. Vamos nos reunir com a bancada de todos os partidos para deixar claro que denunciaremos e mostraremos a cara de cada parlamentar que votar a favor desse projeto, pedindo a cada trabalhador que não vote neles em 2014", alertou.
O dirigente da CUT criticou ainda a decisão do Banco Central em aumentar em 0,25% a taxa Selic, decisão que favorece apenas aos banqueiros, ressaltou.
"Ontem (17), o Copom (Comitê de Política Monetária) deu o péssimo sinal de que o Brasil continua sendo mandado por banqueiros e especuladores. Porque inflação não se controla aumentando juros, isso já foi feito e não deu certo. Inflação se controla com crescimento da economia e investimento no mercado interno."
Por fim, ele lembrou que, a partir de agora, os trabalhadores adotarão postura cada vez mais incisiva. "Vamos fazer o que sempre fizemos: se não dialogar, partiremos para o enfrentamento."
Exemplo de unidade
Além de dirigentes da CUT, representantes da UGT e da CGTB também marcaram presença na atividade.
Diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Comerciários, filiado à UGT, citou durante a intervenção dois pontos presentes na pauta de reivindicações das centrais: a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário e a ratificação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe a demissão imotivada.
"Para nós, comerciários, a jornada é de 52 horas semanais e, além disso, o patrão não está preocupado em respeitar o que conquistamos para a categoria, mas em fazer demissão em massa. Por isso vamos às ruas enquanto não arrancarmos essas conquistas", disse.
Presidente da CGTB, Paulo Sabóia, comentou ainda os interesses que estão por trás da pressão exercida por setores conservadores para barrar os avanços da classe trabalhadora.
"O Estado brasileiro está sendo atacado. A herança maldita do neoliberalismo, responsável por deixar para nós retrocessos como o fator previdenciário, também nos brindou com um lei de petróleo que entrega ao capital estrangeiro nosso patrimônio. Dia 15 de maio teremos novo leilão de privatização de nossa riqueza e querem entregar de 30 a 40 bilhões de barris através de leilão. Não podemos permitir, assim como não podemos permitir que a MP dos Portos e a concessão dos aeroportos avance, porque são setores estratégicos de escoamento da nossa produção.
Fonte: CUT
Em São Paulo, a manifestação ocorreu no centro da capital paulista e o presidente da CUT, Vagner Freitas, apontou novamente o descontentamento com a falta de diálogo.
"Desde que fomos até Brasília não aconteceu nada. Só receber pauta e não abrir negociação não resolve nada. Presidenta Dilma, vamos orientar os ministros a abrir negociação. Volto à pergunta: se pode ter desenvolvimento para vários setores da economia, por que não pode ter redução da jornada, reforma agrária, fim do fator previdenciário e 10% do PIB para a educação?", questionou Freitas.
Como outros dirigentes da CUT presentes na mobilização, ele destacou a necessidade de barrar o substitutivo do deputado Roberto Santiago (PSD-SP) ao Projeto de Lei (PL) 4320/2004, de Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e torna a precarização das relações trabalhistas um grande negócio para o patrão.
"Em 2013, quando comemoramos os 70 anos da CLT, esse PL arrebenta com o direito de organização dos trabalhadores e vai transformar todos em pessoa jurídica ou prestador de serviço. Vamos nos reunir com a bancada de todos os partidos para deixar claro que denunciaremos e mostraremos a cara de cada parlamentar que votar a favor desse projeto, pedindo a cada trabalhador que não vote neles em 2014", alertou.
O dirigente da CUT criticou ainda a decisão do Banco Central em aumentar em 0,25% a taxa Selic, decisão que favorece apenas aos banqueiros, ressaltou.
"Ontem (17), o Copom (Comitê de Política Monetária) deu o péssimo sinal de que o Brasil continua sendo mandado por banqueiros e especuladores. Porque inflação não se controla aumentando juros, isso já foi feito e não deu certo. Inflação se controla com crescimento da economia e investimento no mercado interno."
Por fim, ele lembrou que, a partir de agora, os trabalhadores adotarão postura cada vez mais incisiva. "Vamos fazer o que sempre fizemos: se não dialogar, partiremos para o enfrentamento."
Exemplo de unidade
Além de dirigentes da CUT, representantes da UGT e da CGTB também marcaram presença na atividade.
Diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Comerciários, filiado à UGT, citou durante a intervenção dois pontos presentes na pauta de reivindicações das centrais: a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário e a ratificação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe a demissão imotivada.
"Para nós, comerciários, a jornada é de 52 horas semanais e, além disso, o patrão não está preocupado em respeitar o que conquistamos para a categoria, mas em fazer demissão em massa. Por isso vamos às ruas enquanto não arrancarmos essas conquistas", disse.
Presidente da CGTB, Paulo Sabóia, comentou ainda os interesses que estão por trás da pressão exercida por setores conservadores para barrar os avanços da classe trabalhadora.
"O Estado brasileiro está sendo atacado. A herança maldita do neoliberalismo, responsável por deixar para nós retrocessos como o fator previdenciário, também nos brindou com um lei de petróleo que entrega ao capital estrangeiro nosso patrimônio. Dia 15 de maio teremos novo leilão de privatização de nossa riqueza e querem entregar de 30 a 40 bilhões de barris através de leilão. Não podemos permitir, assim como não podemos permitir que a MP dos Portos e a concessão dos aeroportos avance, porque são setores estratégicos de escoamento da nossa produção.
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