Movimento sindical bancário realiza Conferência Livre do Meio Ambiente

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Movimento sindical bancário realiza Conferência Livre do Meio Ambiente
Iniciativa faz parte de etapas da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente para que governo e sociedade encontrem juntos soluções para a crise climática

A Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizará no dia 20 de janeiro, das 14h às 18h, no formato virtual, por meio da plataforma Zoom, a Conferência Livre do Meio Ambiente.

"Esse encontro constituiu uma das etapas da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que é a etapa onde entidades da sociedade civil organizada são convidadas a realizar eventos para mobilizar a comunidade em torno do tema da emergência climática e auxiliar na construção de propostas de enfrentamento, diante do que está atingindo toda a humanidade", explica a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, com inúmeras ações que estão sendo realizadas no país desde o ano passado, e que vão até maio deste ano, 2025, incluindo também conferências municipais e estaduais. Especificamente, as conferências livres são convocadas pela população, seja de maneira organizada, por meio de entidades e instituições, seja por grupos de pessoas.

Elaine Cutis destaca que as conferências livres têm três objetivos: "O primeiro é incentivar a população na construção de propostas para enfrentar a crise climática; o segundo é enviar essas propostas para a etapa seguinte. O terceiro objetivo é eleger um delegado ou delegada para representar a nossas propostas, tiradas na conferência livre, para a etapa 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente ou etapa estadual", conclui.

As propostas deverão ser construídas em torno de cinco eixos temáticos, já estabelecidos pelo Ministério do Meio Ambiente:

1 - Mitigação: redução da emissão de gases de efeito estufa
2 - Adaptação e preparação para desastres: prevenção de riscos e redução de perdas e danos
3 - Justiça climática: superação das desigualdades
4 - Transformação ecológica: descarbonização da economia com maior inclusão social
5 - Governança e educação ambiental: participação e controle social

Serviço

As inscrições para participar da Conferência Livre do Meio Ambiente, promovida pela Contraf-CUT, já estão abertas. Clique aqui e siga os passos para participar.

Quando: 20 de janeiro
Horário: das 14h às 18h

“É muito importante a participação de todas e todos. Vivemos um momento único na história, em que precisamos nos unir por uma questão de sobrevivência e, nós, do movimento sindical bancário, podemos contribuir com a sociedade a partir da nossa experiência bem-sucedida de organização, que levou a nossa categoria a obter a convenção coletiva de trabalho com direitos mais avançados. Então, é esse know how (saber como fazer) que queremos dividir nessa iniciativa de encontrar saídas para a crise climática”, conclui a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT. “Temos consciência que os maiores poluentes são os detentores do capital. Mas é responsabilidade de cada um de nós, cidadãos, propor ações, cobrar e fiscalizar”, completa Elaine Cutis. 

Cenário para a classe trabalhadora

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), 2024 foi o ano mais quente no Brasil, desde 1961. Levantamentos do Banco Mundial e do Banco Central Europeu, apontam que os mais afetados pelos eventos climáticos extremos serão os mais pobres. Relatório divulgado pela primeira entidade, em maio do ano passado, estima que a crise ambiental atingirá entre 800 mil a 3 milhões no Brasil e cerca de 3 bilhões globalmente. Já um trabalho divulgado pelo Banco Central Europeu em parceria com a Universidade de Potsdam, na Alemanha, destaca que o fenômeno pode elevar a inflação de alimentos, em âmbito global, em até 3,2% ao ano.

"É a classe trabalhadora que está em risco. O calor excessivo também gera perda de produtividade para quem precisa se expor ao ambiente, como os trabalhadores braçais. Além disso, a pressão inflacionária sempre impacta mais os mais pobres, os que dependem do dia a dia de venda da força de trabalho para garantir a renda", pontua a secretária do Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Nacional, Rosalina Amorim.

Fonte: Contraf-CUT

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