As redes sociais são os meios de comunicação do futuro
PACTU
Essas ferramentas devem ser usadas pelo movimento sindical para se comunicar com a base
A importância das redes sociais foi a pauta da mesa de encerramento do Seminário Nacional de Comunicação da Contraf-CUT, realizado na sede da Confederação, em São Paulo. William De Lucca, editor de redes sociais do Sindicato dos Bancários de São Paulo, fez um breve histórico da Internet e apresentou as principais redes sociais, além de mostrar as melhores formas de usá-las. “Todo contato que a gente estabelece com outro ser humano é uma rede social. O que os sites fazem é oferecer plataformas digitais para que as redes sociais aconteçam na internet.”
De Lucca ressaltou que antes de abrir uma conta de rede social, é importante que as entidades saibam o que querem com aquela ferramenta especifica. “O que seu sindicato ou sua federação vai ganhar com isso? A maioria de nós quer engajamento, que as pessoas nos siga e nos curta, mas também é importante saber como fazer”, salientou. E ainda completou. “Tem de traçar uma estratégia. O que você quer falar, para quem você quer falar, como você quer falar. Com o tempo também você vai definir o que funciona melhor para a sua base. Você tem que monitorar também, para saber se está dando certo”, completou.
Antes de encerrar, De Lucca deixou uma dica aos presentes. “Incentive a participação e interaja com os usuários. Adapte a linguagem ao meio que está usando e explore as potencialidades. O que as redes sociais permitam o que a gente faça, vamos fazer.”
Ricardo Negrão e Emerson Luis, consultores digitais do movimento sindical, falaram sobre monitoramento de rede.
Para eles, falta uma estratégia digital para o movimento sindical. “O movimento continua fazendo o mesmo processo de comunicação da década de 1970. Precisamos entender que se não aproveitarmos isso, vamos perder o discurso perante a sociedade. Hoje estamos numa fase de produtores e consumidores de conteúdo, temos de ser um desses. O rádio levou 38 anos para chegar a 50 milhões de usuários, a TV levou 13 anos e o youtuber apenas 4”, lembrou Negrão.
Ele informou também que a internet não serve só para levar informação. “Se antes vocês tinham a conversa como a única forma de saber o que a base estava pensando, hoje vocês têm as redes sociais para isso.”
Emerson Luis ainda completou. “Além de estar nas ruas, nos locais de trabalho, precisamos ter uma estratégia de 3 partes: tecnológica, conteúdo e comportamento digital. Essa unificação é fundamental para contemplar tudo o que foi dito.”
Negrão indicou as ferramentas de softwares livres como uma ótima opção. “A coisa mais importante é um link e quando ele não é distribuído é porque o site não está apropriado a essa distribuição, o que atrapalha muito. O site precisa estar preparado para ser usado em smartphone, por exemplo.”
Para ele, a geração de conteúdo tem de ser separada em monitoramento, plano de comunicação e treinamento da equipe. “Muitas vezes a gente não avança, porque não temos profissionais que sabem fazer. Treinar essa equipe é fundamental. Muito mais importante é dar a diretrizes, o que vocês querem com a comunicação. Quem dita o discurso mantém a atenção do povo. O compartilhamento é fundamental para que seu discurso vá em frente. Também precisa falar antes”, finalizou.
Segundo o secretário de Comunicação da Contraf-CUT, Gerson Pereira, o seminário, que reuniu comunicadores sindicais de várias regiões do país e profissionais da comunicação de mídias alternativas e de esquerda, proporcionou importantes reflexões sobre novas maneiras de se comunicar com os trabalhadores nos dias atuais. “O seminário possibilitou a troca de ideias e experiências entre jornalistas, comunicadores, sindicatos e federações com a finalidade de melhorar cada vez mais o diálogo do movimento sindical usando as novas tecnologias e ferramentas de comunicação”, ressaltou.
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