Agroecologia contraria modelo de 'agricultura do pobre para o rico'

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Agroecologia contraria modelo de 'agricultura do pobre para o rico'

Ciência dedicada à produção de alimentos saudáveis para todos e à proteção ambiental à luz da justiça social, incluindo reforma agrária, a agroecologia é tema de congresso em Brasília.

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) , acaba de divulgar estudo que aponta que o número de casos de malformações congênitas mais que dobrou nas últimas duas décadas, só no Paraná. De 1994 a 2003, foram registrados 4.238 casos entre os nascidos vivos. De 2003 a 2014, o número passou para 11.787.

Os dados alarmantes estão associados ao uso de agrotóxicos, que deixam um rastro de doenças e mortes nas regiões onde há produção agrícola com uso desses venenos. E a julgar pelo avanço de projetos de lei que incentivam ainda mais o uso de agrotóxicos e transgênicos em um país já campeão no consumo dessas tecnologias, como é o Brasil, a tendência é de agravamento da situação. Muito mais gente estará exposta a riscos ainda maiores de desenvolver diversos tipos de câncer, problemas endocrinológicos, mal de Parkinson, abortos, de gerar filhos com autismo ou até mesmo com malformações.

Dos 1,5 bilhão de hectares de terras agrícolas em todo o mundo, 91% são destinados a culturas anuais altamente dependentes de insumos, como fertilizantes e agrotóxicos, sobretudo monoculturas de trigo, arroz, milho, algodão e soja – caso de boa parte das terras paranaenses.

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Fonte: site redebrasilatual

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