Ministro vai discutir rotatividade com Itaú e Santander na próxima semana
O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Brizola Neto, vai realizar na próxima semana uma audiência de conciliação entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Itaú e o Santander, em Brasília, para discutir a redução de empregos e a política de rotatividade dos dois bancos privados. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (9), durante audiência concedida para a Confederação e o Sindicato dos Bancários de Brasília, no gabinete do ministro, na capital federal.
Estiveram presentes o presidente e o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Ademir Wiederkehr, respectivamente, e o vice-presidente e a secretária de imprensa do Sindicato, Eduardo Araújo e Rosane Alaby, respectivamente. Também participou da audiência o secretário do Trabalho do MTE, Manoel Messias.
As entidades sindicais apresentaram novos dados do Dieese sobre milhares de demissões e de fechamento de postos de trabalho nas duas instituições financeiras. "De um lado, os bancários perdem seus empregos e, de outro, o governo amplia os gastos com seguro-desemprego. Só os bancos saem ganhando, porque reduzem a folha de pagamento e aumentam ainda mais os seus lucros", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Brizola Neto se mostrou preocupado com os números apresentados e reafirmou o seu compromisso com a geração de empregos e o combate à alta rotatividade, manifestado na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em julho, em Curitiba.
"A audiência de mediação marcada pelo ministro será uma boa oportunidade para buscar travar esse processo nefasto para o emprego de milhares de bancários", avalia Eduardo Araújo.
Itaú
Os dirigentes sindicais apresentaram dados do Dieese, a partir dos balanços do Itaú, que apontam o corte brutal de postos de trabalho nos últimos dois anos. O banco ceifou 7.831 empregos entre janeiro e setembro do ano passado.
Somente no terceiro trimestre de 2012, o número de trabalhadores recuou de 92.517 para 90.427, uma redução de 2.090 vagas em apenas três meses.
Desta forma, o banco aprofundou ainda mais o processo de extinção de empregos iniciado em abril de 2011, totalizando desde então o fechamento de 13.595 vagas, conforme análise feita pelo Dieese. "
Fonte: Fonte: Contraf-CUT
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